A Reportagem do site Correio de Carajás teve acesso, com exclusividade, às imagens de câmeras de segurança próximas da oficina mecânica de Marcone Pereira Alencar, no Bairro Cidade Jardim, em Parauapebas. Após brigar com um familiar e funcionário do estabelecimento dele, na madrugada de domingo (1º), ele foi conduzido pela Polícia Militar à Delegacia de Polícia Civil, onde nunca chegou. Os militares alegam que ele se jogou da viatura e o mecânico morreu na manhã de terça (3), no Hospital Geral de Parauapebas, vítima de traumatismo craniano.
Nas primeiras cenas é possível ver um grupo de pessoas na calçada do estabelecimento, algumas sentadas e outras em pé, conversando e bebendo cerveja. Marcone aparece no vídeo de bermuda vermelha, camiseta marrom e descalço. Em um dos trechos do vídeo é possível ver quando ele e outra pessoa começam a circular em volta de um carro estacionado e foi nesse momento que um vigia noturno, citado pela família, interfere na discussão familiar e Marcone o empurra.
O vigilante revida o empurrão com um chute e os dois travam luta corporal. Em um dos trechos do vídeo é possível ver quando o vigilante derruba Marcone no chão e fica em cima dele. As câmeras não captam toda a sequência da briga, já que ela continua no meio da rua. Claramente o grupo de pessoas que estava na calçada começar a ficar apavorada.
Em outro momento do vídeo, Marcone também bate no vigilante e na imagem seguinte uma das pessoas próximas ao mecânico o imobiliza para tentar contê-lo. O vigilante então se comunica através de um aparelho, rádio ou telefone celular, e minutos depois a guarnição da Polícia Militar chega. Os policiais aparecem brevemente no vídeo e saem em seguida, quando o vigilante também vai embora com a moto.
Imagens próximas ao local onde a viúva Simone de Jesus disse ter visto o marido sendo atendido pela ambulância do Samu ainda não foram disponibilizadas. O Correio de Carajás foi informado de que Polícia Civil solicitou as imagens a um posto de combustíveis localizado próximo, mas até o momento estas não foram entregues. (Theíza Cristhine e Luciana Marschall)