Uma mulher grávida de sete meses – aproximadamente 25 semanas – morreu no Hospital Municipal de Marabá na madrugada desta terça-feira (5). Franciele Araújo Lima, 20 anos, deu entrada na casa de saúde por volta das 6 horas da manhã de segunda-feira (4), com histórico de violência sexual praticado três dias antes.
De acordo com informações obtidas pelo Correio de Carajás junto ao HMM, Franciele estava com prolapso retal, uma protusão indolor do reto pelo ânus. Além disso, ela estava com muito sangramento e dor abdominal.
A reportagem esteve no Instituto Médico Legal e conversou com exclusividade com o irmão da vítima, Reginaldo Araújo Lima, 29 anos.
Leia mais:A família da vítima foi avisada sobre o abuso sexual na madrugada de segunda-feira. Franciele estava em um hospital de Itupiranga aguardando a chegada de um parente para que pudesse ser transferida para o HMM.
O médico que a atendeu em Marabá disse à família que Franciele foi estuprada pela vagina e pelo ânus. Provavelmente, teve um pedaço de pau enfiado no orifício, perfurando tripas e intestino. Além disso, ela estava toda machucada e com o maxilar quebrado.
“Fizeram uma atrocidade sem tamanho com a minha irmã. Ela teria que fazer duas cirurgias, uma no ânus para recompor e a outra para a retirada da criança. Eles fizeram a primeira cirurgia e aguardaram algumas horas para realizar a segunda, porque era mais delicada. Mas ela não aguentou e morreu”, lamenta.
Reginaldo afirma que a irmã não era de conversar muito, eles não sabiam com quem ela andava. “Na sala de cirurgia, minha mãe pediu para ela falar quem tinha feito isso, mas ela não falou. Morreu calada”, conta.
Questionado pelo Correio de Carajás se a irmã costumava sair à noite, sozinha, ela confirmou que sim. “Ela também usava drogas”, confessou.
Sobre o pai da criança, a família não sabe o nome do rapaz, apenas o apelido “Pirosca”. O irmão da vítima não soube informar se a equipe médica conseguiu retirar o bebê antes do falecimento da mãe.
Franciele morava no Bairro 12 de Outubro, em Itupiranga, com os pais. O corpo vai ser levado para a cidade vizinha, onde será enterrado. (Ulisses Pompeu com informações de Evangelista Rocha)