Já chegou à mesa da 2ª vara Criminal de Parauapebas o auto de prisão em flagrante lavrado nesta quinta-feira (17) contra José Luiz Barbosa Vieira, ex-secretário de Educação do governo Darci Lermen, em Parauapebas. Ele foi preso pela Polícia Militar na madrugada desta quinta (17) ao ser encontrado dormindo embriagado ao volante.
Segundo as informações policiais, uma guarnição estava realizando ronda pela Rua E, próximo à esquina com a Rua 10, no Bairro Cidade Nova, quando avistou um veículo funcionando no meio da via e com Luiz Vieira dormindo ao volante.
Os militares se aproximaram e ao chegarem no veículo identificaram que o condutor apresentava sinais de embriaguez, como lentidão na voz, desorientação por não saber onde se encontrava, olhos vermelhos e forte odor etílico.
Leia mais:Enquanto era abordado, afirmam os policiais, o ex-secretário afirmou que tinha filha delegada e que é amigo de policiais e políticos do município, além de ser professor do estado, portanto, segundo ele, não poderia ser preso.
Por ter repetido diversas vezes que não poderia ser preso, alegando não ser criminoso, ele acabou algemado para ser encaminhado à 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde foi autuado em flagrante por crime de trânsito.
Lá, foi arbitrada fiança, que José Luiz recolheu para responder ao processo em liberdade. O Correio de Carajás esteve pela manhã na delegacia, onde o silêncio sobre o assunto era absoluto e sequer foi informado à reportagem o valor recolhido por Luiz Vieira e se ele esteve acompanhado por advogado. O acusado ainda não foi localizado para dar a versão dele para os fatos. O caso, agora, está a cargo do Poder Judiciário.
AFASTADO DO CARGO
Em 2020, a pedido do Ministério Público do Pará, a Justiça afastou José Luiz Barbosa Vieira do cargo de secretário por 180 dias em processo ao qual ele responde por irregularidades em licitação referente à contratação de uma empresa fornecedora de uniformes, mochilas, estojos e toalhas de mão, materiais que seriam supostamente utilizados pelos alunos do ensino básico de Parauapebas. Ele é acusado de ter formalizado um contrato com dispensa de licitação de mais de R$ 11 milhões. (Luciana Marschall – com informações de Ronaldo Modesto)