Correio de Carajás

Ex-procuradora de Tucuruí volta para cadeia após violar prisão domiciliar

A advogada Gláucia Rodrigues Brasil Oliveira está recolhida no Batalhão de Polícia Ambiental, em Belém, após ter violado na quarta-feira (7) a prisão domiciliar e as regras de uso de tornozeleira eletrônica estabelecidas pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Ela foi denunciada junto de outras três pessoas em janeiro deste ano, pelo Ministério Público do Estado do Pará, por 10 crimes diferentes.

Em dezembro passado, o CORREIO DE CARAJÁS divulgou a prisão dela, realizada pela Polícia Civil, junto de três policiais militares. Eles foram apontados por envolvimento em um esquema de recebimento de propina de fazendeiros para realizarem reintegrações de posse de forma ilegal, nos municípios de Pacajá e Tucuruí.

Dentre os presos, estava também o marido de Gláucia, comandante do Batalhão de Polícia Militar de Tucuruí, major Leonardo do Carmo Oliveira. Conforme as investigações, ele prestava serviço de segurança particular para o prefeito atualmente afastado, Arthur Brito, e o casal utilizava documentos falsificados para realização de reintegrações de posse ilegais em fazendas ocupadas por movimentos de trabalhadores rurais.

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Dentre estas documentações, os dois apresentavam, de acordo com as investigações, mandados judiciais, boletins de ocorrência e documentos de títulos de terra. A advogada está respondendo pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsa comunicação de crime, apropriação indébita, receptação, falsidade ideológica, dano, peculato, coação no curso do processo e constituição de milícia privada, este como coautora.

Os demais denunciados neste processo são o funcionário público Eduardo da Silva Seoane, por receptação e constituição de milícia privada, o eletricista José Nilson Teixeira e o pecuarista Carlos D’Ávila Bitencourt, ambos por receptação. A promotoria divulgou ter sido descoberto que um pecuarista possuía uma fazenda há 22 anos e havia sofrido três invasões em cinco anos, sendo a última em fevereiro do ano passado.

#ANUNCIO

Carlos D’Ávila, um dos acusados, seria o administrador da propriedade e teria entrado em contato com o proprietário informando que o major Leonardo Oliveira, marido da advogada, poderia expulsar os invasores, acrescentando que a esposa deste, a advogada Gláucia Rodrigues, trataria das questões jurídicas, mas declarou que tudo seria feito de forma legal.

Eles acertaram, ainda, o valor de R$ 70 mil que seria pago ao casal pelo serviço. Em vez de ser movida ação judicial, no entanto, o major teria reunido alguns policiais militares e viaturas e ido até a fazenda para expulsar os invasores. O grupo é acusado de ter chegado ao local atirando e destruindo barracos. Além disso, durante as investigações, a Polícia Civil também apurou que Gláucia utilizava um veículo roubado e com documentação adulterada.

Ainda segundo o Ministério Público, a advogada recebeu o pagamento em duas parcelas, mas como os invasores retornaram ao local, o casal novamente esquematizou a retirada dos ocupantes, desta vez sem viaturas em decorrência de uma denúncia já feita à Corregedoria da PM por conta da ação anterior. Os dois chegaram a ser filmados e fotografados no local, acompanhados de viaturas e policiais fardados.

Enquanto Gláucia e as três pessoas acusadas serão processadas pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, o caso do major e dos demais policiais militares presos ficará à cargo da Procuradoria de Justiça Militar e da Justiça Militar, em decorrência da condição de militares. (Luciana Marschall)

 

A advogada Gláucia Rodrigues Brasil Oliveira está recolhida no Batalhão de Polícia Ambiental, em Belém, após ter violado na quarta-feira (7) a prisão domiciliar e as regras de uso de tornozeleira eletrônica estabelecidas pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Ela foi denunciada junto de outras três pessoas em janeiro deste ano, pelo Ministério Público do Estado do Pará, por 10 crimes diferentes.

Em dezembro passado, o CORREIO DE CARAJÁS divulgou a prisão dela, realizada pela Polícia Civil, junto de três policiais militares. Eles foram apontados por envolvimento em um esquema de recebimento de propina de fazendeiros para realizarem reintegrações de posse de forma ilegal, nos municípios de Pacajá e Tucuruí.

Dentre os presos, estava também o marido de Gláucia, comandante do Batalhão de Polícia Militar de Tucuruí, major Leonardo do Carmo Oliveira. Conforme as investigações, ele prestava serviço de segurança particular para o prefeito atualmente afastado, Arthur Brito, e o casal utilizava documentos falsificados para realização de reintegrações de posse ilegais em fazendas ocupadas por movimentos de trabalhadores rurais.

Dentre estas documentações, os dois apresentavam, de acordo com as investigações, mandados judiciais, boletins de ocorrência e documentos de títulos de terra. A advogada está respondendo pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsa comunicação de crime, apropriação indébita, receptação, falsidade ideológica, dano, peculato, coação no curso do processo e constituição de milícia privada, este como coautora.

Os demais denunciados neste processo são o funcionário público Eduardo da Silva Seoane, por receptação e constituição de milícia privada, o eletricista José Nilson Teixeira e o pecuarista Carlos D’Ávila Bitencourt, ambos por receptação. A promotoria divulgou ter sido descoberto que um pecuarista possuía uma fazenda há 22 anos e havia sofrido três invasões em cinco anos, sendo a última em fevereiro do ano passado.

#ANUNCIO

Carlos D’Ávila, um dos acusados, seria o administrador da propriedade e teria entrado em contato com o proprietário informando que o major Leonardo Oliveira, marido da advogada, poderia expulsar os invasores, acrescentando que a esposa deste, a advogada Gláucia Rodrigues, trataria das questões jurídicas, mas declarou que tudo seria feito de forma legal.

Eles acertaram, ainda, o valor de R$ 70 mil que seria pago ao casal pelo serviço. Em vez de ser movida ação judicial, no entanto, o major teria reunido alguns policiais militares e viaturas e ido até a fazenda para expulsar os invasores. O grupo é acusado de ter chegado ao local atirando e destruindo barracos. Além disso, durante as investigações, a Polícia Civil também apurou que Gláucia utilizava um veículo roubado e com documentação adulterada.

Ainda segundo o Ministério Público, a advogada recebeu o pagamento em duas parcelas, mas como os invasores retornaram ao local, o casal novamente esquematizou a retirada dos ocupantes, desta vez sem viaturas em decorrência de uma denúncia já feita à Corregedoria da PM por conta da ação anterior. Os dois chegaram a ser filmados e fotografados no local, acompanhados de viaturas e policiais fardados.

Enquanto Gláucia e as três pessoas acusadas serão processadas pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, o caso do major e dos demais policiais militares presos ficará à cargo da Procuradoria de Justiça Militar e da Justiça Militar, em decorrência da condição de militares. (Luciana Marschall)