“Ele tinha coisa com facção”. Esta frase dita por uma pessoa que conhecia o ex-presidiário Gabriel Silva Sales pode ajudar a polícia a descobrir a motivação do assassinato do rapaz, de apenas 18 anos. Ele foi executado a tiros, principalmente no rosto e na cabeça. O crime aconteceu por volta das 16h20 desta quarta-feira (8), na Avenida Orlando Solino, esquina com a 31 de Março, Bairro das Laranjeiras (Núcleo Cidade Nova). No momento do homicídio, ele estava trabalhando em um lava jato.
Pelo que a Polícia Militar apurou no palco do acontecimento, Gabriel estava trabalhando quando um veículo de cor branca (possivelmente um Gol) se aproximou e parou. Do interior do automóvel saiu o pistoleiro, que, sem contar conversa, atirou várias vezes contra o rapaz. Havia outra pessoa no carro, segundo apurou o tenente Jaderson, do 34º Batalhão de Polícia Militar, primeira autoridade a chegar ao local.
A Reportagem do CORREIO tomou conhecimento de que Gabriel esteve preso dois meses atrás, mas há poucos dias conseguiu seu Alvará de Soltura. Ele não voltou para a casa onde vive sua mãe, o padrasto e suas irmãs. Foi morar na residência de conhecidos e passou a trabalhar no lava jato 4 ou 5 dias atrás.
Leia mais:O padrasto dele, Jorge da Conceição, esteve no local tão logo tomou conhecimento do crime. Perguntado se Gabriel estava sendo ameaçado, ele disse que não tinha nenhuma informação neste sentido. Mas, por outro lado, a PM recebeu informação de outras pessoas ligadas a Gabriel de que ele foi ameaçado antes de ser preso.
Embora tenha afirmado que Gabriel era gente boa e rapaz trabalhador, a dona da casa onde ele morava, cuja identidade será preservada, declarou: “A gente deu muito conselho pra ele”, dando a entender que ele poderia estar ainda envolvido em alguma enrascada. Pelo visto, estava mesmo. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)