Nesta quarta-feira (21), João Batista de Sousa, o “Joãozinho da Parabólica”, ex-assessor do major Sebastião Curió, deve sentar no banco dos réus para responder pelo assassinato de Antônio Clênio Cunha Lemos, de 42 anos, crime ocorrido no ano de em 2002. Na época a vítima era presidente do Sindicato dos Garimpeiros de Curionópolis, cidade onde aconteceu o bárbaro homicídio. “Joãozinho” deveria ter sido julgado em novembro do ano passado, mas o julgamento foi adiado.
O réu chegou a ser preso em novembro de 2011, quase 10 anos após o crime, e em julho de 2012 foi submetido ao júri popular na Comarca de Curionópolis, sendo absolvido e posto em liberdade na ocasião. Mas, depois disso, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará apreciou recurso interposto pelo Ministério Público do Estado do Pará, anulou o julgamento e determinou a realização de nova sessão, desaforando o caso para Marabá.
João Batista de Sousa é acusado de homicídio qualificado, que neste caso se deve, segundo a acusação, pela paga ou promessa de recompensa e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Leia mais:Segundo a acusação, no dia 16 de novembro 2002, por volta das 23h30, no município de Curionópolis, na sede do Sindicato dos Garimpeiros de Serra Pelada, a vítima foi morta por cinco disparos de arma de fogo.
O crime aconteceu em um domingo e na semana anterior os jornais locais noticiavam forte conflito entre três grupos de garimpeiros que brigavam pelo direito à exploração de Serra Pelada. Um deles era apoiado pelo major Sebastião Curió, à época prefeito do município, localizado a 136 km de Marabá, e de quem João Batista era assessor.
Ainda de acordo com a denúncia, as investigações da Polícia Civil apontaram que João Batista armou conluio com Josivaldo Oliveira Barros, conhecido como Nego Josa, Cássio Murilo Silva Feitosa e Matias Rosa Passos para que o crime ocorresse. Em 2010, no entanto, a Justiça determinou a suspensão do processo e do prazo prescricional em relação a Cássio e Matias, uma vez que eles não foram localizados. Josivaldo morreu antes de ser levado à julgamento.
Ele, inclusive, foi o primeiro a ser preso pouco tempo após o crime e relatou à Polícia Civil ter sido procurado por Matias para cometer o crime. Este teria oferecido R$ 4 mil e os dois se encontraram ao menos duas vezes. Josivaldo também confessou ter sido informado, na época, que os mandantes do crime seriam João Batista e Sebastião Curió. O ex-prefeito nunca foi indiciado pelo crime.
Ainda na confissão, Nego Josa relatou que o dinheiro seria dividido entre ele e Matias. Em depoimento prestado posteriormente, na presença de representante do Ministério Público do Estado do Pará, reafirmou a contratação por meio de Matias. Uma testemunha informou ter ouvido comentários de que João Batista, na semana que antecedeu o crime, foi várias vezes na casa de Matias e afirmou achar estranho o fato, uma vez que este último era conhecido como traficante e por ter costume de contratar pistoleiros. Após o crime, João nunca mais foi visto no local.
(Da Redação)
Nesta quarta-feira (21), João Batista de Sousa, o “Joãozinho da Parabólica”, ex-assessor do major Sebastião Curió, deve sentar no banco dos réus para responder pelo assassinato de Antônio Clênio Cunha Lemos, de 42 anos, crime ocorrido no ano de em 2002. Na época a vítima era presidente do Sindicato dos Garimpeiros de Curionópolis, cidade onde aconteceu o bárbaro homicídio. “Joãozinho” deveria ter sido julgado em novembro do ano passado, mas o julgamento foi adiado.
O réu chegou a ser preso em novembro de 2011, quase 10 anos após o crime, e em julho de 2012 foi submetido ao júri popular na Comarca de Curionópolis, sendo absolvido e posto em liberdade na ocasião. Mas, depois disso, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará apreciou recurso interposto pelo Ministério Público do Estado do Pará, anulou o julgamento e determinou a realização de nova sessão, desaforando o caso para Marabá.
João Batista de Sousa é acusado de homicídio qualificado, que neste caso se deve, segundo a acusação, pela paga ou promessa de recompensa e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Segundo a acusação, no dia 16 de novembro 2002, por volta das 23h30, no município de Curionópolis, na sede do Sindicato dos Garimpeiros de Serra Pelada, a vítima foi morta por cinco disparos de arma de fogo.
O crime aconteceu em um domingo e na semana anterior os jornais locais noticiavam forte conflito entre três grupos de garimpeiros que brigavam pelo direito à exploração de Serra Pelada. Um deles era apoiado pelo major Sebastião Curió, à época prefeito do município, localizado a 136 km de Marabá, e de quem João Batista era assessor.
Ainda de acordo com a denúncia, as investigações da Polícia Civil apontaram que João Batista armou conluio com Josivaldo Oliveira Barros, conhecido como Nego Josa, Cássio Murilo Silva Feitosa e Matias Rosa Passos para que o crime ocorresse. Em 2010, no entanto, a Justiça determinou a suspensão do processo e do prazo prescricional em relação a Cássio e Matias, uma vez que eles não foram localizados. Josivaldo morreu antes de ser levado à julgamento.
Ele, inclusive, foi o primeiro a ser preso pouco tempo após o crime e relatou à Polícia Civil ter sido procurado por Matias para cometer o crime. Este teria oferecido R$ 4 mil e os dois se encontraram ao menos duas vezes. Josivaldo também confessou ter sido informado, na época, que os mandantes do crime seriam João Batista e Sebastião Curió. O ex-prefeito nunca foi indiciado pelo crime.
Ainda na confissão, Nego Josa relatou que o dinheiro seria dividido entre ele e Matias. Em depoimento prestado posteriormente, na presença de representante do Ministério Público do Estado do Pará, reafirmou a contratação por meio de Matias. Uma testemunha informou ter ouvido comentários de que João Batista, na semana que antecedeu o crime, foi várias vezes na casa de Matias e afirmou achar estranho o fato, uma vez que este último era conhecido como traficante e por ter costume de contratar pistoleiros. Após o crime, João nunca mais foi visto no local.
(Da Redação)