A Associação Brasileira de Arte e Cultura Guerreiros do Quilombo Capoeira (ABACGQ), juntamente com o grupo Guerreiros do Quilombo de Marabá, fundado em 1994 pelo mestre Valentim, celebra 30 anos de história do projeto social. Por esse motivo, está preparando uma grande festividade dedicada à capoeira.
O evento será realizado dias 21 e 22 deste mês, e contará com a presença de capoeiristas de municípios vizinhos, assim como brincantes de outros estados, como Tocantins, Maranhão e Sergipe. Driele Santos, aluna graduada do mestrado Zumbi e membro ativa do grupo, compartilha detalhes sobre essa celebração e o impacto social do projeto nas periferias de Marabá.
PROGRAMAÇÃO E ATIVIDADES
Leia mais:Tendo início na sexta-feira, 21, às 8 horas, na Praça da Juventude, localizada no Km 7, a festa abordará a história e a prática da capoeira na cidade, além de trocas de experiências. O segundo momento, à noite, será na Praça São Francisco, no núcleo Cidade Nova, tendo início às 19 horas.
No sábado, dia 22, às 8 horas, o encontro será no Ginásio Poliesportivo Manoel Alves (Dequinha), no Bairro Laranjeiras (Cidade Nova). O evento é aberto para todos.
Driele revela que a comemoração contará com oficinas práticas e teóricas, apresentações culturais e a tradicional cerimônia de batizado, que marca a troca de graduação dos alunos. “É uma oportunidade única para os jovens do nosso projeto conhecerem mais sobre a capoeira e sua relevância cultural”, explica.
ORIGEM DO GRUPO
O grupo Guerreiros do Quilombo de Marabá nasceu em 1994, por iniciativa do mestre Valentim, um militar sergipano que ao ser transferido para Marabá, viu a necessidade de oferecer atividades positivas para os jovens locais.
Segundo Driele Santos, o intuito primordial era retirar as crianças da rua e envolvê-las em algo construtivo. Ao longo dos anos, o grupo cresceu e passou a atender diversos núcleos da cidade como Bela Vista, Liberdade e São Félix Pioneiro.
Atualmente, o projeto conta com diversos alunos distribuídos em várias localidades. “No Bela Vista, temos cerca de 25 alunos, no Liberdade e no Km 7, em torno de 30 em cada”. Na folha 16, o grupo já conta com 15 participantes, enquanto no São Félix Pioneiro a turma já alcança um número de 40 membros”, enumera.
VISIBILIDADE À CAPOEIRA
A capoeira vai além de ser apenas um esporte, é uma expressão cultural rica, passada de geração em geração. A arte não ajuda só no desenvolvimento físico, mas também promove uma compreensão profunda de hierarquia e tradição, como afirma Driele. “Nosso projeto é inclusivo, aberto a todas as idades, e oferece benefícios significativos para a mobilidade e o bem-estar”.
SAIBA MAIS
Interessados em se juntar ao grupo podem encontrá-los nas redes sociais. No Facebook Guerreiros do Quilombo, e no Instagram @abacgq_polo_maraba_oficial, ou se deslocar até um dos pontos de atuação do projeto: no Liberdade, atende na Escola Tereza de Castro no Bela Vista; no Km 7 na Praça da Juventude; ou no São Félix Pioneiro, na Escola Jarbas Passarinho. (Milla Andrade)