Correio de Carajás

Evandro Cegão acha corpo de adolescente afogado

Este é o segundo cadáver de pessoa afogada que “Cegão” e sua equipe conseguem resgatar em três meses. Dessa vez foi à noite, mas para ele tanto faz.

Momento em que “Cegão” avisa à equipe que encontrou algo no fundo do rio

Mais uma vez o empresário Evandro Oliveira Lima, o “Cegão”, fez o que o Corpo de Bombeiros não conseguiu: localizou o corpo de uma pessoa afogada em Marabá. Desta vez a vítima foi o adolescente Pedro Henrique Pereira, de 16 anos, que havia se afogado na segunda-feira (26), no Rio Itacaiúnas, na altura do Balneário da Mocinha, Bairro Independência. O corpo foi achado na noite de terça-feira (27).

Pedro Henrique sentiu câimbra e foi puxado pela correnteza: trágico

Para a Imprensa, Evandro “Cegão” contou que foi ao local ainda no final da manhã, com sua equipe particular, mas foi somente à noite que ele conseguiu montar os equipamentos e começou os trabalhos pra valer, utilizando uma âncora arrastando-a no fundo do rio no local do afogamento, até encontrar o corpo.

Segundo ele, o corpo do rapaz não estava muito longe de onde o rapaz se afogou, porque ficou preso em um remanso a cerca de 6 metros de profundidade. “Cegão” faz questão de dizer que as informações repassadas pelas testemunhas do afogamento foram fundamentais para localizar o cadáver.

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“Cegão” relembrou sua longa experiência como mergulhador, desde quando ele ainda não era cego, algo que lhe dá um know how para atuar nesse tipo de situação. A última vez que ele havia localizado um corpo debaixo d’água em Marabá foi em 27 de junho, quando Cristiano Coelho morreu debaixo do flutuante Skala, no Rio Tocantins.

O afogamento

A tragédia aconteceu quando Pedro Henrique saiu da oficina mecânica onde trabalhava com o pai, Fernando Pereira, e foi para o rio tomar banho com os amigos, como de praxe. Segundo o genitor, isso era algo rotineiro do jovem.

De acordo com os amigos, a vítima teria esperado todos os colegas atravessarem primeiro para ir nadando logo atrás. No entanto, no meio da travessia, reclamou de câimbra e começou a pedir ajuda, se debatendo. Os amigos alegam terem ido até seu encontro para acudi-lo, mas, na tentativa e no desespero de se salvar, o adolescente agarrava os amigos e acabava puxando-os involuntariamente para o fundo.

A situação agonizante se somou à forte correnteza do rio e Pedro Henrique afundou, não retornando mais à superfície.

(Chagas Filho e Thays Araujo)