Correio de Carajás

EUA vão monitorar as redes sociais de quem pedir visto de estudante

Segundo comunicado, candidatos deverão deixar perfis abertos ao público para verificação 'minuciosa'. 'Obter um visto para os EUA é um privilégio, não um direito', diz o texto.

Foto: Ilustração /Freepik

A embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou um comunicado nesta quarta-feira (25) no qual informou que o governo americano vai monitorar as redes sociais de quem solicitar visto para entrar no país na condição de estudante.

O comunicado foi divulgado em um contexto em que o governo do presidente Donald Trump tem anunciado medidas mais rígidas para entrada de estrangeiros no país, uma promessa de campanha.

📲Conforme o comunicado divulgado nesta quarta, quem quiser obter visto de estudante para entrar nos EUA deverá deixar o perfil nas redes sociais aberto ao público.

Leia mais:

Segundo a embaixada, as autoridades americanas farão uma verificação “abrangente e minuciosa” do comportamento dos estudantes na internet.

📃De acordo com a nota, a decisão vale para solicitantes dos seguintes tipos de visto:

  • ✏️F: visto de estudante para aqueles que pretendem estudar em uma instituição acadêmica nos EUA, como universidades ou faculdades.
  • ✏️M: visto de estudante para aqueles que pretendem estudar em uma instituição vocacional ou não acadêmica nos EUA.
  • ✏️J: visto para participantes de programas de intercâmbio educacional e cultural aprovados pelo governo dos EUA, incluindo professores, pesquisadores, estagiários e outros.

 

“Utilizamos todas as informações disponíveis durante a triagem e verificação de vistos para identificar solicitantes inadmissíveis aos EUA, especialmente aqueles que representam uma ameaça à segurança nacional”, diz o texto.

 

Autorização suspensa

 

A medida foi anunciada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos na semana passada, antes de ser formalizada pela embaixada nesta quarta.

Na ocasião, o governo Donald Trump informou que a revisão dos perfis nas plataformas foi incluída no processo como uma das medidas impostas para a retomada da concessão de vistos, suspensa desde o mês de maio.

Segundo o comunicado, a medida visa identificar conteúdos considerados hostis aos Estados Unidos, seu governo, cultura, instituições ou princípios fundadores.

Segundo a representação diplomática, os consulados americanos retomarão “em breve” o agendamento de entrevistas para visto de estudante.

Visto é ‘privilégio’

 

De acordo com a embaixada, o Departamento de Estado, órgão equivalente ao Ministério das Relações Exteriores, decidiu adotar a medida para “proteger” os Estados Unidos e os cidadãos americanos, mantendo o que chamam de “mais altos padrões de segurança nacional” no processo de concessão de vistos.

“Obter um visto para os EUA é um privilégio, não um direito”, afirmou a embaixada.

 

“Os EUA devem manter vigilância rigorosa durante o processo de emissão de vistos para garantir que os solicitantes não representam risco à segurança dos americanos e aos interesses nacionais”, completou a representação diplomática.

Segurança nacional

 

O texto divulgado pela embaixada americana afirma que a decisão sobre conceder o visto é “acima de tudo uma decisão de segurança nacional”.

Sem citar caso específico de suposta ameaça ao país, a embaixada acrescenta que o governo americano precisa manter uma “vigilância rigorosa” durante o processo de emissão de visto, garantindo que quem solicitar o documento não represente “risco à segurança dos americanos e aos interesses nacionais”.

 

“Todos os solicitantes devem comprovar de forma credível sua elegibilidade para o tipo de visto solicitado, incluindo a intenção de participar exclusivamente de atividades compatíveis com os termos de sua admissão”, diz a redação.

(Fonte:G1)