Um grupo de adolescentes marabaenses alcançou uma conquista inédita para a cidade: o primeiro lugar no Torneio Brasileiro de Robótica Região Norte, que aconteceu na capital do Estado. O time formado por oito alunos do Ensino Fundamental II da escola Monte Castelo levou à Belém um projeto arrojado que propôs uma alternativa para o tratamento da hepatite D em comunidades ribeirinhas.
A equipe Del Castello formada pelos estudantes Luan Pains, Gabriel Sant’Anna, Theo Veloso, Cleo Braga, Raykely Rodrigues, Joana Nascimento, Jânio Avelino e Lara Chaves foi orientada e supervisionada pelos professores Ruth Monalisa Sousa de Oliveira (robótica) e Hilquias Cândido de Oliveira (redação) ergueu o troféu no último sábado, 12.
Os alunos do Ensino Fundamental I também estiveram presentes na competição, integrando o time Oceânicos, embora não tenha garantido pódio, compartilha do mesmo êxito dos colegas mais velhos, eles foram os únicos do sudeste do Pará a se classificarem para a competição.
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FOCO
Desde 2020 que a escola trabalha a robótica em sala de aula e este foi o primeiro torneio em que a escola participou. Para a competição, os alunos da Del Castello deveriam apresentar um projeto que deveria propor uma inovação para o tratamento de alguma doença. Os adolescentes pesquisaram, debateram e escolheram trabalhar com a hepatite D.
Ao longo de dois meses de muito trabalho e dedicação, a turma desenvolveu uma balsa ambulatorial, semelhante à um hospital, do qual o trajeto beneficiaria a população ribeirinha. “Essa balsa tinha uma sala de testes; sala de enfermagem; sala de palestras; uma copa e uma torre de comando”, explica Monalisa.
Os jovens tiveram ainda o desafio adicional de escreverem um artigo científico sobre o projeto. “Acabou sendo enriquecedor para eles, de ter esse contato mais aprofundado com a escrita”, pontua Hilquias.
A vitória no campeonato regional garantiu para a equipe, uma vaga no nacional que será realizado em 10 de dezembro.

OCEÂNICOS E O PEIXE PAPAGAIO
Os sete alunos do time Oceânicos, Enzo Miguel Oliveira, Franks Gustavo, João Vitor Nunes, Isis Seltinha, Calebe Petri Fernandes, Eduardo Vessoni e Maria Luiza Abreu, liderados pelas professoras Maiany de Jesus Lins, Dirléia Rodrigues e Marinalda Gonçalves, desenvolveram um projeto voltado para a preservação ambiental, tendo escolhido como protagonista a preservação do peixe papagaio.
Ao contrário dos colegas mais velhos, as crianças apresentaram a parte textual em um banner, além de terem construído uma maquete.
“O trabalho de robótica dentro da escola tem uma grande importância, porque na nossa vivência ela traz inúmeras habilidades e desenvolve diversas competências”, assevera Maria Marta Santos Lima, coordenadora da educação infantil e anos iniciais. (Luciana Araújo)