Na manhã desta quarta-feira, 29, alunos do curso de medicina, ofertado pela Universidade Estadual do Pará (UEPA), saíram as salas de aula e ocuparam o pátio da instituição (localizada na Avenida Hiléia, Bairro Amapá no Núcleo Cidade Nova). O corpo discente vestiu preto e levantou faixas de “Luto pela Medicina”, como ato de manifesto.
Milena Marques da Costa, aluna do 3º ano do curso de medicina na UEPA e presidente do Centro Acadêmico de Medicina, avalia que o quadro docente do curso não é o ideal e aponta que os contratempos existem desde a implantação do curso. “De forma geral a gente passa por um gargalo, porque tem turmas que não tem condições de continuar tendo aula”, relata.
Atualmente o curso conta com 11 turmas ativas, com cerca de 200 estudantes. As entradas de novos estudantes na faculdade acontecem duas vezes por ano, desde 2019.
Leia mais:A estudante explica que houve um Processo Seletivo para contratação de novos professores, porém somente duas vagas foram ofertadas, o que na visão da estudante, não é suficiente para suprir as necessidades da faculdade. “A gente precisa de mais seis vagas, no mínimo, para fazer com que o curso comece”, opina. Além disso, a estudante aponta que aqueles que estão no ultimo ano do internato também estão sem professores.
Lucas Amorim, aluno da turma de 2018, falou à Reportagem que a gestão atual prometeu concurso público em 2023, além de um processo seletivo simplificado. “O PS aconteceu, a gente teve 11 professores classificados e desses apenas dois foram chamados, foram contratados de fato. São professores que entraram no lugar de outros professores que pediram exoneração, então não teve nenhuma vaga nova”, relata.
NOTA DA UEPA
A Reportagem do CORREIO entrou em contato com a assessoria de comunicação da UEPA, para ouvir o posicionamento da instituição, que emitiu a seguinte nota:
“A Universidade do Estado do Pará (Uepa) informa que os professores aprovados no Processo Seletivo Simplificado estão em fase de contratação. A Uepa também está em tratativa com a Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad) para expansão de vagas”. (Luciana Araújo e Chagas Filho)