Segundo estudos, até o ano de 2050, a quantidade de plástico nos oceanos deve ultrapassar a de peixes. A descoberta acende um alerta para uma crise ambiental e a necessidade de atitudes para reverter o caso. Diante disso, duas estudantes canadenses desenvolveram uma bactéria que transforma plástico em CO² e água.
Miranda Wang e Jeanny Yao, iniciaram os estudos ainda na escola, a descoberta culminou na criação de uma empresa. A BioCellection foi criada em 2015 e sua sede esta situada no Vale do Silício. A empresa tem objetivo de recuperar quimicamente os chamados plásticos “sujos”, ou seja, não recicláveis.
A criação rendeu para a dupla cinco prêmios, além de se tornarem às mais jovens a receberem o Prêmio Perlman de Ciência. A bactéria age como uma espécie de ácido que dissolve o plástico utilizando suas enzimas para quebrar seus componentes, e em pequenas partes torná-lo mais maleável.
Leia mais:Essas partes menores são em seguida encaminhadas para uma estação biodigestora. No local elas passam por um processo de compostagem que leva cerca de 24 horas. Essa técnica de “dissolver” o plástico é muito usada, seja na limpeza de praias ou na produção da matéria-prima usada na produção de tecidos.
Vale pontuar que o processo desenvolvido pelas estudantes é muito mais barato e deixa uma pegada de carbono menor, ou seja, não polui tanto quanto outras. A técnica multiplica o valor do plástico, além de incentivar na coleta dos resíduos ao invés da queima ou do descarte irregular.
Miranda Wang destaca que a técnica oferece uma nova frente na luta contra a poluição dos oceanos. A técnica demonstra também o potencial dos jovens e o poder transformador da ciência. “Nos dias de hoje, é praticamente impossível fazer com que paremos de usar plástico. Acreditamos que tudo deveria ser biodegradável.”
(Em Off)