Correio de Carajás

Estado tem baixa cobertura contra poliomielite

As baixas coberturas vacinais, principalmente em crianças menores de cinco anos, acenderam uma luz vermelha no País. Em reunião com representantes de estados e municípios, o Ministério da Saúde alertou que 312 municípios brasileiros estão com cobertura vacinal abaixo de 50% para a poliomielite ou paralisia infantil. No Pará, 16 municípios estão em sinal de alerta. Vale destacar que a pólio é uma doença já erradicada no país. O dado foi divulgado pela coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI), Carla Domingues, durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), na última quinta-feira (28).

Os municípios da região do Marajó são os que aparecem com a menor cobertura vacinal do Estado. São os casos de Curralinho, com apenas 16,30% da público-alvo vacinado; seguido por Breves (27,11%) e Afuá (34,99%). Nas posições seguintes surgem Santa Bárbara do Pará (36,95%), Eldorado dos Carajás (37,66%), Pau D’Arco (43,80%), Portel (44,10%), Bagre (44,16%), Curionópolis (44,86%), Viseu (45,12%), São Geraldo do Araguaia (45,54%), Ananindeua (45,61%), Marituba (46,62%), Jacareacanga (46,89%), Melgaço (47,95%), Porto de Moz (48,07) e Chaves (48,67%).

Periodicamente, a coordenação do PNI emite notas técnicas para estados e municípios sobre o monitoramento e avaliação das coberturas vacinais. “O risco existe para todos os municípios que estão com coberturas abaixo de 95%. Temos que ter em mente que a vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite e de outras doenças que não circulam mais no país. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas, conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. É uma questão de responsabilidade social”, concluiu a coordenadora do PNI, Carla Domingues.

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Para os estados que estão abaixo da meta de vacinação, o Ministério da Saúde  tem orientado os gestores locais que organizem suas redes, inclusive com a possibilidade de readequação de horários mais compatíveis com a rotina da população brasileira. Outra orientação é o reforço das parcerias com as creches e escolas, ambientes que potencializam a mobilização sobre a vacina por envolver também o núcleo familiar. Outro alerta constante da Pasta é para que estados e municípios mantenham os sistemas de informação devidamente atualizados.

O Ministério da Saúde ainda reforça que todos os pais e responsáveis têm a obrigação de atualizar as cadernetas de seus filhos, em especial das crianças menores de cinco anos que devem ser vacinadas, conforme esquema de vacinação de rotina. “As vacinas ofertadas pelo SUS estão disponíveis durante todo o ano, exceto a da gripe que faz parte de uma campanha e exige um período específico de proteção, que é antes do inverno”, enfatizou Carla Domingues. Uma oportunidade de atualizar caderneta será na próxima Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que acontecerá no período de 6 a 31 de agosto de 2018. (ORM)