Correio de Carajás

Espetinho de ostentação? Após polêmica na Copa, restaurante na Bahia lança churrasquinho de ouro

Depois da Copa, o espetinho de picanha de ouro já é o mais pedido da casa

Espetinho "de ouro" é vendido na Bahia(foto: Reprodução Correio 24h)

Acompanhado de salada e farofa, não tem quem resista a um bom espetinho de carne. Mas um barzinho em Feira de Santana foi além e deixou o petisco com a cara da riqueza. O espetinho de filé de picanha do Villa (@villafsa075), no bairro Ponto Central, agora vale ouro.

Isso mesmo. A ideia de oferecer o petisco folheado como uma das opções do cardápio da casa surgiu depois da repercussão da ‘carne de ouro’ que os jogadores da Seleção Brasileira ostentaram durante a Copa do Mundo, no Catar, segundo afirma o proprietário do Villa, Matheus Nascimento.

“Eu sempre achei bastante interessante incluir o ouro na culinária, tanto que desde a abertura, nós temos a cachaça com ouro. A ideia do ouro na carne foi a partir do sucesso na Copa do Mundo, achei bem legal acrescentar esse item e dizer que em Feira de Santana também tem carne com ouro, não só no Catar”, explica Matheus.

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Apesar de ter pouco tempo que o espetinho entrou no cardápio, o prato já é o mais pedido. “A receita é uma carne bem selecionada, tempero secreto e ouro comestível de 24 quilates. A procura cresceu muito após a divulgação, é o espetinho mais pedido. O espetinho de filé de picanha com ouro já superou os outros espetinhos em número de vendas, por ser uma carne saborosa e bem bonita”, conta.

Além da farofa e da salada, o prato acompanha também uma porção de batata apimentada e custa R$ 24,90. Sem ouro, R$ 14,90 – 40% a menos. Lançado no dia 14, o espetinho dourado já vendeu mais de 100 unidades.

“Os clientes ficam bem surpresos e admirados com a picanha. Teve gente até que disse que ia retirar a folha de ouro da comida e colocar na carteira”, lembra o proprietário.

Matheus afirma ainda que antes de levar o ingrediente para o restaurante tinha experimentado usar ouro em um churrasco em casa, só por curiosidade mesmo. “Porém, decidimos trazer para o restaurante com a coisa toda da Copa. O nosso fornecedor é de São Paulo. O ouro, sem nenhum metal, pode ser incluído na culinária, que não faz mal algum. O Villa dá um toque especial à receita, mas o ouro não muda o sabor da carne. Até o momento somos os únicos aqui de Feira que fazemos o espetinho de picanha com ouro”, garante.

O restaurante surgiu em meio à pandemia. Há dois anos, Matheus desejava abrir um negócio que pudesse agregar diversos serviços em um só lugar.

“Foi aí que abrimos o Espetinho do Villa. Temos também serviços de lavagem veicular, barbearia, açaí e hoje conta com um estúdio de tatuagem”, detalha.

Luxo

O ouro na carne ganhou os holofotes e as redes sociais quando durante a Copa do Mundo. Os jogadores Vinícius Jr., Éder Militão e Gabriel Jesus, acompanhados do ex-jogador Ronaldo Fenômeno, jantaram uma peça bem dourada da carne folheada em uma das unidades do restaurante Nusr-Et restaurante, no Catar. O preço do prato é o equivalente a cerca de R$ 3,3 mil. O Nusr-Et tem filiais na Turquia, Grécia, Estados Unidos, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.

O vídeo gerou também muita polêmica e comentários críticos, como a postagem do padre Julio Lancellotti, que escreveu: “Enquanto milhões pelo mundo passam fome nos chega um vídeo deste, acintoso, e que causa indignação e tristeza”.

Dono do Villa, Matheus Nascimento enxerga as críticas como naturais, e no caso do restaurante feirense, o preço está num patamar acessível aos meros mortais. Na opinião dele, o que chama atenção na carne é mais a experiência. “A gente sabe que ninguém é obrigado a querer experimentar, mas como diz o ditado, só se vive uma vez, e temos que conhecer mais coisas a cada dia”.

Matheus está pensando em acrescentar a folha de ouro no espetinho de cupim também. “É outro espetinho que sai muito e planejamos incluir o ouro em breve. A recomendação de bebida, pode ser uma cachaça de ouro – que temos no Villa -, uma cerveja bem gelada ou uma caipirinha”.

(Fonte: O POVO)