Correio de Carajás

Espanha detecta primeiros casos de mutação britânica do novo coronavírus

Quatro casos da nova linhagem do coronavírus Sars-CoV-2 descoberta no Reino Unido foram detectados na Espanha, informou neste sábado o governo regional de Madri. São as primeiras infecções da variante B.1.1.7 do patógeno confirmadas na Espanha.

Os quatro casos estão vinculados a pessoas que chegaram recentemente do Reino Unido, afirmou Antonio Zapatero, vice-conselheiro de Saúde Pública da região de Madrid, em uma entrevista coletiva.

— A situação dos pacientes confirmados não é grave. Sabemos que esta cepa é mais transmissível, mas ela não provoca maior gravidade (da Covid-19). Não se deve reagir à notícia com qualquer tipo de nervosismo — disse Zapatero.

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Há outros três casos suspeitos da variante B.1.1.7 no país. O resultado da análise das amostras coletadas dos pacientes deverão ser divulgadas até a próxima terça-feira, ainda segundo o vice-conselheiro.

A mutação levou mais de 50 países, incluindo a Espanha, a impor restrições de viagens envolvendo o Reino Unido. Desde a última terça-feira, só cidadãos espanhóis e residentes estão autorizados a retornar para o país.

Na última sexta-feira, a França também confirmou seu primeiro caso relacionado à mutação britânica. O governo do Reino Unido estima que a alteração da B.1.1.7 na proteína S do coronavírus, usada pelo patógeno para infectar células humanas, pode fazer com que seja até 70% mais contagioso.

A Espanha é um dos países mais afetados pela Covid-19 na Europa. Atualmente, o país soma mais de 1,85 milhão de casos da doença e quase 50 mil vítimas fatais.

Espanha já teve outra variante

No fim de outubro, um estudo publicado por uma equipe internacional de cientistas identificou uma variante do novo coronavírus que teria surgido entre trabalhadores no Nordeste da Espanha em junho. A linhagem se espalhou rapidamente por grande parte da Europa desde o verão do Hemisfério Norte e, na ocasião, foi considerada a responsável pela maioria dos novos casos de Covid-19 em vários países do continente, que passaram a enfrentar a segunda onda da doença.

A variante, identificada como 20A.EU1, representou cerca de 90% das novas infecções na Espanha entre agosto e outubro e provocou de 40% a 70% dos novos casos na Suíça, Irlanda e Reino Unido em setembro. Sua prevalência também foi observada na Noruega, Letônia, Holanda e França. (Fonte: O Globo)