Alunos e professores se reuniram na rua em frente ao Ministério Público do Estado do Pará na manhã desta quinta-feira (17) cobrando do órgão que intervenha junto ao Governo do Estado do Pará para que sejam sanadas as más condições de prédios escolares em Marabá. Participaram do protesto professores – que estão em greve – e alunos das escolas Gaspar Viana, Oneide Tavares e anexo do Pequeno Príncipe.
De acordo com Felipe Dias, que cursa do 2º Ano, não há condições de aprendizagem por conta da falta de estrutura. Ele frequenta as aulas no Gaspar Viana, inclusive um dos prédios previstos para receber ensino integral.
“Não tem condições de estudar em local que não tem banheiro adequado e ainda querem implantar a escola em tempo integral. Tem teto rachando, o forro do nosso auditório está todo quebrado, sem condições de ficar lá. As provas do primeiro bimestre foram feitas no escuro, não tinha luz na sala de aula”, afirmou.
Leia mais:Recentemente, em entrevista ao Correio de Carajás, a gestora da 4ª Unidade Regional de Educação (URE), de Marabá, Alcinara Jadão, informou que as escolas que devem implantar o regime – como é o caso da Gaspar Viana – vão sofrer adequação para implantação de vestiário e outras questões, mas sem apontar previsão de início das obras. Além desta, outras três escolas foram escolhidas para receberem o novo modelo: Liberdade, Gabriel Sales Pimenta e Plínio Pinheiro.
Felipe Dias destaca que mesmo a alimentação oferecida não é adequada caso os alunos passem o dia no prédio. “Querem que fiquemos das 7h30 até 17 horas na escola, mas não tem alimentação adequada, é todo dia sardinha, não tem condição. O mato tomando, está imenso, além de outras coisas”.
#ANUNCIO
Outra pauta da reinvindicação está ligada à greve dos professores, iniciada na semana passada. “São várias pautas que estamos colocando, tanto as reformas nas escolas como também estamos cobrando a questão dos professores que estão sem receber piso salarial enquanto há lugares (estados) que professores estão recebendo dinheiro digno”.
Catarina Araújo Santos, matriculada no 1º Ano do Pequeno Príncipe, diz que o anexo localizado na Folha 27 está caindo aos pedaços. “Vamos reivindicar nossos direitos como cidadãos e alunos porque a gente merece estrutura de qualidade decente, pagamos impostos caríssimos para recebermos uma escola precária, não temos merenda, não temos estrutura, nem forro a gente tem. Ficamos no calor e há alunos que não aguentam e mudam de escola. Não é mais que nosso direito”, desabafou.
AÇÃO
Estudantes e professores foram atendidos pela 6ª Promotora de Justiça Cível de Marabá, Mayanna Silva de Souza Queiroz, que ouviu as reivindicações. Ela informou que já existe uma Ação Cível Pública acerca do problema e que repassou o documento aos estudantes, acrescentando que as escolas já foram vistoriadas e que o MP já havia tomado providências em relação ao assunto.
Na última terça-feira (15), o Correio de Carajás divulgou que membros do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp) realizaram ato público em frente à 4ª Unidade Regional de Educação com intuito de chamar a atenção para as condições precárias do anexo do Pequeno Príncipe.
Uma carta aberta publicada no site do Sintepp – Subseção Marabá destaca que nos últimos anos os investimentos na educação pioraram e que ainda é possível encontrar escolas no município que lutam por climatização ou funcionamento do laboratório de informática. Na ocasião, Alcinara Jadão admitiu que as reivindicações são pontuais. “No ano passado, a escola tinha quatro turmas e esse ano tem sete de manhã e sete à tarde, e o prédio ficou inviável para 420 alunos. As reivindicações são pontuais, eles pedem pessoal de apoio, limpeza e um novo prédio. Como a instituição tem subido muito no IDEB, bons professores e uma excelente gestão, os alunos se acharam no direito de se manifestar”, conta.
Ela se comprometeu a receber o documento com as solicitações da comunidade escolar e enviá-lo a Seduc, para que o problema seja resolvido.
LICITAÇÃO ADIADA
Conforme publicado pelo Correio de Carajás, há duas semanas foi adiada para junho a licitação para reforma de quatro escolas estaduais em Marabá: Gaspar Vianna, Liberdade, Dr. Gabriel Sales Pimenta e Plínio Pinheiro, esta, inclusive alvo anterior de protestos de alunos neste ano em decorrência da interrupção das aulas em virtude das más condições estruturais.
A Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), através do Núcleo de Licitação (NLIC), avisou da mudança aos interessados na Concorrência Pública Nº 004/2018-CEL-NLIC/SEDUC por meio de publicação no Diário Oficial do Estado do Pará. A abertura estava prevista para o dia 21 deste mês, às 10 horas, porém foi adiada para o dia 15 de junho, no mesmo horário. (Luciana Marschall)
Alunos e professores se reuniram na rua em frente ao Ministério Público do Estado do Pará na manhã desta quinta-feira (17) cobrando do órgão que intervenha junto ao Governo do Estado do Pará para que sejam sanadas as más condições de prédios escolares em Marabá. Participaram do protesto professores – que estão em greve – e alunos das escolas Gaspar Viana, Oneide Tavares e anexo do Pequeno Príncipe.
De acordo com Felipe Dias, que cursa do 2º Ano, não há condições de aprendizagem por conta da falta de estrutura. Ele frequenta as aulas no Gaspar Viana, inclusive um dos prédios previstos para receber ensino integral.
“Não tem condições de estudar em local que não tem banheiro adequado e ainda querem implantar a escola em tempo integral. Tem teto rachando, o forro do nosso auditório está todo quebrado, sem condições de ficar lá. As provas do primeiro bimestre foram feitas no escuro, não tinha luz na sala de aula”, afirmou.
Recentemente, em entrevista ao Correio de Carajás, a gestora da 4ª Unidade Regional de Educação (URE), de Marabá, Alcinara Jadão, informou que as escolas que devem implantar o regime – como é o caso da Gaspar Viana – vão sofrer adequação para implantação de vestiário e outras questões, mas sem apontar previsão de início das obras. Além desta, outras três escolas foram escolhidas para receberem o novo modelo: Liberdade, Gabriel Sales Pimenta e Plínio Pinheiro.
Felipe Dias destaca que mesmo a alimentação oferecida não é adequada caso os alunos passem o dia no prédio. “Querem que fiquemos das 7h30 até 17 horas na escola, mas não tem alimentação adequada, é todo dia sardinha, não tem condição. O mato tomando, está imenso, além de outras coisas”.
#ANUNCIO
Outra pauta da reinvindicação está ligada à greve dos professores, iniciada na semana passada. “São várias pautas que estamos colocando, tanto as reformas nas escolas como também estamos cobrando a questão dos professores que estão sem receber piso salarial enquanto há lugares (estados) que professores estão recebendo dinheiro digno”.
Catarina Araújo Santos, matriculada no 1º Ano do Pequeno Príncipe, diz que o anexo localizado na Folha 27 está caindo aos pedaços. “Vamos reivindicar nossos direitos como cidadãos e alunos porque a gente merece estrutura de qualidade decente, pagamos impostos caríssimos para recebermos uma escola precária, não temos merenda, não temos estrutura, nem forro a gente tem. Ficamos no calor e há alunos que não aguentam e mudam de escola. Não é mais que nosso direito”, desabafou.
AÇÃO
Estudantes e professores foram atendidos pela 6ª Promotora de Justiça Cível de Marabá, Mayanna Silva de Souza Queiroz, que ouviu as reivindicações. Ela informou que já existe uma Ação Cível Pública acerca do problema e que repassou o documento aos estudantes, acrescentando que as escolas já foram vistoriadas e que o MP já havia tomado providências em relação ao assunto.
Na última terça-feira (15), o Correio de Carajás divulgou que membros do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp) realizaram ato público em frente à 4ª Unidade Regional de Educação com intuito de chamar a atenção para as condições precárias do anexo do Pequeno Príncipe.
Uma carta aberta publicada no site do Sintepp – Subseção Marabá destaca que nos últimos anos os investimentos na educação pioraram e que ainda é possível encontrar escolas no município que lutam por climatização ou funcionamento do laboratório de informática. Na ocasião, Alcinara Jadão admitiu que as reivindicações são pontuais. “No ano passado, a escola tinha quatro turmas e esse ano tem sete de manhã e sete à tarde, e o prédio ficou inviável para 420 alunos. As reivindicações são pontuais, eles pedem pessoal de apoio, limpeza e um novo prédio. Como a instituição tem subido muito no IDEB, bons professores e uma excelente gestão, os alunos se acharam no direito de se manifestar”, conta.
Ela se comprometeu a receber o documento com as solicitações da comunidade escolar e enviá-lo a Seduc, para que o problema seja resolvido.
LICITAÇÃO ADIADA
Conforme publicado pelo Correio de Carajás, há duas semanas foi adiada para junho a licitação para reforma de quatro escolas estaduais em Marabá: Gaspar Vianna, Liberdade, Dr. Gabriel Sales Pimenta e Plínio Pinheiro, esta, inclusive alvo anterior de protestos de alunos neste ano em decorrência da interrupção das aulas em virtude das más condições estruturais.
A Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), através do Núcleo de Licitação (NLIC), avisou da mudança aos interessados na Concorrência Pública Nº 004/2018-CEL-NLIC/SEDUC por meio de publicação no Diário Oficial do Estado do Pará. A abertura estava prevista para o dia 21 deste mês, às 10 horas, porém foi adiada para o dia 15 de junho, no mesmo horário. (Luciana Marschall)