Correio de Carajás

Escola leva Feira de Ciências e Cultura à terra indígena Mãe Maria

Reunida, durante a feira, a equipe da Escola Tokurykti

A escola Indígena Tokurykti promoveu um ambiente de aprendizado e interação dos mais especiais na última semana com a sua IV Feira de Ciências Cultura e Meio Ambiente. O evento teve lugar na terra indígena Mãe Maria e a mesa de abertura contou com o tema: “Mudanças climáticas e projetos de mitigação de impacto”.

Para tanto, uma das participações ilustres foi a do sociólogo e antropólogo Ribamar Ribeiro. Durante a programação foram dispostos estandes com temas que buscaram refletir sobre o momento crítico que o planeta está vivendo e, mais especificamente, a T.I. Mãe Maria.

Momento cultural: corrida de tora promovida por membros da aldeia

Nos estantes, os alunos/expositores, mostraram todo o seu conhecimento e promoveram a conscientização sobre os problemas que cercam o meio ambiente, inclusive propondo encontrar soluções e paliativos para apresentar para o público. De outro lado brincadeiras culturais como corrida de tora, competição de quem fazia corretamente o “Berarubu”, com premiações em dinheiro para a escola vencedora.

Leia mais:

Chamou a atenção uma amostra sobre o uso de agrotóxicos em quantidades erradas e o impacto disso para o ecossistema.

“Esta feira é para divulgar o que pode acontecer (sem cuidados com o meio ambiente), pois está tendo um impacto muito grande nas reservas indígenas. Estamos sofrendo juntos, tanto os indígenas, quanto os não indígenas”, comenta o professor de Línguas Indígenas Rikparti Kokaproti.

A cacica Tuxati Kyikatêjê também aproveitou a ocasião para repercutir o problema do incêndio nas florestas da reserva Gavião, o qual vem sendo combatido nos últimos dias. “Está muito quente, muito abafado. A gente está com problemas respiratórios, devido à fumaça e aí o meio ambiente sofre e nós indígenas também, pois dependemos da floresta para sobreviver”, queixa-se.

(Da Redação)