Correio de Carajás

Escola contrata inteligência artificial para ser diretora na Inglaterra

Instituição afirma que a IA não veio para substituir os profissionais e sim para estabelecer o equilíbrio entre a tecnologia e a educação tradicional

Escola da Inglaterra contrata inteligência artificial como diretora; a IA foi desenvolvida para executar diversas funções na instituição Crédito: FABRICE COFFRINI / AFP

Uma escola no sul da Inglaterra contratou uma inteligência artificial (IA) para ser a diretora da instituição. A IA possui até nome próprio e se chama Abigail Bailey.

O chatbot vai auxiliar o diretor humano Tom Rogerson com a administração do local, além de desempenhar outras funções, como ajudar os alunos com dificuldades de aprendizado e apoiar os funcionários.

A instituição, que fica na cidade de Crawley, afirma que a IA não veio para substituir os profissionais e sim para estabelecer o equilíbrio entre a tecnologia e a educação tradicional, dessa forma, usufruindo das inovações tecnológicas para elevar o aprendizado dos alunos.“Estamos caminhando para o futuro, preservando, ao mesmo tempo, os valores fundamentais da educação tradicional. Não estamos substituindo nossos funcionários, mas sim, garantir que os jovens recebam a melhor educação possível, afirma Rogerson sobre a IA.Cada estudante ainda terá um robô individual, programado para auxiliar nas dificuldades dos estudos e para desenvolver um método de ensino que facilite a vida dos alunos, de acordo com suas principais dúvidas.

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Como vai funcionar a IA?

A diretora Abigail Bailey vai funcionar como uma espécie de ChatGPT, em que os usuários poderão digitar suas perguntas.

IA: 27% dos empregos podem ser eliminados com esta tecnologia

O relatório Inteligência Artificial (IA) e Empregos apontou que 27% dos empregos dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) são de profissões com alto risco de automatização pela inteligência artificial.

No documento, a organização defende que os países precisam agir, o mais rápido possível, com políticas que minimizem os riscos da inteligência artificial no âmbito empregatício.

“Os governos precisam garantir que a IA sirva para criar mercados de trabalho inclusivos, em vez de prejudicá-los”, diz o relatório.Além disso, ressaltou que os países mais expostos são os da Europa Oriental.

Os trabalhos de maior risco foram definidos como aqueles que usam mais de 25 das 100 habilidades que os especialistas em IA consideram que podem ser facilmente automatizadas.

A entidade também reforçou seu posicionamento sobre acreditar que os países estão à beira de uma da inteligência artificial no mercado de trabalho.

Por isso, é preciso coletar melhores dados sobre o uso da tecnologia para entender quais empregos mudarão, quais serão criados ou desaparecerão e como as habilidades necessárias estão mudando.

O que os trabalhadores e empregadores pensam sobre a IA?

Em 2022, a OCDE reuniu dados sobre o impacto da IA nas pessoas e seus locais de trabalho, nos setores de manufatura e finanças de sete países.As descobertas revelaram que o uso de IA no trabalho pode trazer resultados positivos para os trabalhadores em relação à satisfação no trabalho, saúde e salários.

No entanto, o relatório informou que também existem riscos em relação à privacidade, intensidade do trabalho e preconceito.Além disso, demonstrou que 57% dos trabalhadores possuem medo de perderem seu emprego em dez anos. (Com informações de Agência Estado).

(O Povo)