Os choques elétricos foram responsáveis por 28 vidas perdidas no Pará no ano de 2020, de acordo com a Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade). Foi o estado com o maior número registrado no ano passado, seguido pelo Amazonas com 21 mortes e o Tocantins com 14. Os números levantam o alerta para os perigos de realizar intervenções na rede de energia por pessoas sem habilidade e capacitação adequada.
Os recentes acidentes fatais nos lembram que atividades e serviços que envolvem energia elétrica precisam ser feitos de forma segura e responsável. Somente os profissionais da distribuidora de energia estão aptos a realizar atividades de intervenção no Sistema Elétrico de Potência (SEP), como subir em postes, manusear a rede, trocar transformadores, manobrar chaves, dentre outras ações, pois são preparados para desenvolver o trabalho com segurança.
Além de ser crime previsto no artigo 265 do Código Penal Brasileiro, a intervenção na rede por quem não é autorizado, coloca em risco a vida de muitas pessoas, como afirma o Gerente de Obras e Manutenção da Equatorial Pará, Manoel Romeiro. “Por conhecermos os perigos dessas atividades, temos sempre a preocupação de alertar à comunidade sobre os riscos de interferência na rede. Não queremos que vidas sejam perdidas por conta dessa prática. Um acidente pode acontecer mesmo sem haver contato direto com os fios. Há casos que somente a proximidade pode gerar uma descarga por indução”, reforça.
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Um dos motivos para intervenções na rede elétrica por terceiros, é a intenção de furto de energia, que é crime, conforme o artigo 155 do Código Penal Brasileiro. A prática ainda representa grandes perigos e gera enormes prejuízos à sociedade.
Na maioria das vezes, quem realiza essas atividades ilegais não possui capacitação adequada e habilidade para o serviço, gerando então os acidentes. Outro prejuízo que a prática causa é a falta de energia, que pode afetar milhares de pessoas.
Só na região Sul, que compreende 37 municípios, a Equatorial Energia já regularizou 30.412 instalações elétricas que possuem algum tipo de fraude, desde janeiro até novembro deste ano.