Dois homens foram presos nesta terça-feira (1º), em Parauapebas, após a Polícia Militar interceptar a informação de que um ‘acerto de contas’ ocorreria na cidade. Um deles, identificou-se posteriormente, é Marcos Bruno Silva De Oliveira, acusado de participação no assassinato do jornalista Décio Sá, em 23 de abril de 2012, em São Luís, capital do Maranhão.
A vítima costumava fazer denúncias em uma coluna que mantinha no jornal ‘O Estado’. As investigações apontaram que Marcos Bruno Silva de Oliveira foi o condutor da motocicleta que transportava o executor do crime.
De acordo com informações do 23° Batalhão de Polícia Militar, nesta terça soube-se que uma pessoa chegaria armada em Parauapebas, vinda em um ônibus interestadual. Os agentes passaram a acompanhar a situação à paisana e acionaram o Grupo Tático Operacional (GTO) quando José Ilson de Sousa foi visto, às 7 horas, entrando em um Toyota Corolla.
Leia mais:O automóvel foi abordado e nele estava também Marcos, que inicialmente se apresentou como Gelvane Maciel Oliveira, inclusive entregando documentos pessoais falsificados. Os homens do GTO revistaram o veículo e encontraram 11 gramas de cocaína dividas em oito papelotes e um pacote maior contendo aproximadamente 10 gramas. A droga estava escondida no forro do carro, perto do para-brisa, ao lado do motorista.
Na ocasião, José Ilson alegou ter chegado em Parauapebas apenas para buscar o entorpecente, que pretendia levar para o município de Paulo Ramos, no Maranhão. Já Marcos – até então Gelvane – alegou que a droga era para consumo próprio.
Suspeitando que pudesse haver mais substância ilícita a ser apreendida, policiais militares seguiram para o endereço dele, no Bairro Jardim Canadá. Na residência, após o preso tentar desvencilhar-se, foi encontrada uma balança de precisão e documento em nome Gelvane.
Entretanto, no mesmo lugar os militares localizaram uma carteira de visita expedida pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Estado do Maranhão tendo Marcos Bruno Silva de Oliveira como interno. Ainda na revista foi encontrada a carteira de reservista de Marcos, quem Gelvane se obrigou a confessar ser de fato.
Contra Marcos havia um mandado de prisão em aberto pela morte do jornalista, crime de grande repercussão em todo o país. Os dois foram apresentados na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil. (Luciana Marschall – com informações de Ronaldo Modesto)