Correio de Carajás

Enquete: Internautas são contra “Lei do Uber” em Marabá

Uma enquete publicada esta semana na página do Facebook do Jornal CORREIO teve, em sua maioria, 649 votos contra a normatização de transportes por aplicativos que o Município tenta implementar com propostas que tramita na Câmara Municipal. Esse quantitativo representa 68% do total da pesquisa, que durou 24 horas e que também recebeu 310 votos a favor da regulamentação. A pesquisa recebeu 959 votos no total e 85 comentários.

A pesquisa foi publicada na última terça-feira (25) e tratava sobre o projeto de Lei do Executivo que está tramitando na Câmara Municipal de Marabá e que só deve ser votado no segundo semestre deste ano, depois de uma avaliação criteriosa da Comissão de Transporte do Poder Legislativo.

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Internautas contra e a favor da regulamentação comentam em postagem/ Fotos: Divulgação

Também no último dia 25, mototaxistas e taxistas fizeram uma manifestação na cidade, deixando o trânsito lento no núcleo Cidade Nova e depois foram para a sessão da Câmara, achando que ele já seria votado. Todavia, estava apenas chegando à comissão, que é presidida pelo vereador Nonato Dourado.

Atualmente, em Marabá, quase mil condutores por aplicativos rodam na cidade, segundo garantem as lideranças da categoria. Com esse número, os taxistas querem, a todo custo, que os vereadores convençam o Executivo a colocar na lei um limite para a quantidade de condutores trabalhando com Uber, Mab-way, Urbano Norte e 99Pop.

Na postagem, a grande maioria dos internautas se posicionam contra a normatização do serviço. Entre os diversos comentários, uma pessoa questiona: “Ao invés de Marabá seguir um fluxo de cidade moderna e em crescimento, será que vai atrás do regresso? Será que é justo um táxi bandeira 2 cobrar R$ 80 da Folha 31 ao aeroporto?”. Uma segunda defende: “Uber livre, o serviço é para todos. Eu apoio Uber”.

Por outro lado, a publicação também recebeu comentários de pessoas que são a favor da regulamentação.  “Ninguém está exigindo que acabem com os Ubers, ou impedindo que eles trabalhem, apenas limitem a quantidade, da mesma forma que fazem com as outras categorias”, pontua uma seguidora da página. Um segundo internauta pede que a lei seja aprovada: “A Câmara Municipal tem de regulamentar, sim”.

Na última sessão, o vereador Gilson Dias avaliou antecipadamente que limitar o número de Uber na rua é inconstitucional e pediu que a lei seja devolvida para algumas adequações por parte do Executivo. “O Uber surge como alternativa para usuários. Quantos mais na rua, o preço diminui. Isso faz com que o usuário possa utilizar esse meio”, defendeu.

De acordo com o presidente Nonato Dourado, as discussões só retornarão no mês de agosto, mas que nada será feito sem comunicação prévia às partes envolvidas.

Pedido dos motoristas

Representantes dos motoristas de aplicativos pedem a retirada ou alteração de alguns artigos da Lei que tramita na Câmara, como a impossibilidade de o condutor por aplicativo se cadastrar em apenas uma empresa; que o tempo de vida do veículo seja estendido para oito ou nove anos. (Karine Sued, com informações de Ulisses Pompeu)