Correio de Carajás

ENCHENTE: Abrigo na Obra Kolping superlota com muitas famílias chegando

O nível dos rios Itacaiunas e Tocantins não para de subir, aumentando o número de famílias desabrigadas em Marabá. Alguns abrigos, como o localizado próximo a Obra Kolping, já contabiliza 36 espaços construídos até a tarde da terça-feira, 17, com a previsão de ampliar para mais 10 devido ao número de famílias que chegam ao local.

A Reportagem do Portal Correio de Carajás esteve no abrigo da Obra Kolping para checar as instalações. Foi possível perceber que havia mais de 20 crianças abrigadas com suas famílias no local, onde o terreno não possui, no entanto, as instalações elétricas já haviam sido realizadas no local.

É possível perceber um grande número de crianças no local. (Foto: Evangelista Rocha)

Logo na entrada do abrigo, estavam duas servidoras do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), que foram cedidas para a Defesa Civil Municipal, para realizar os atendimentos itinerantes. Uma delas, Ruth Souza, explicou que algumas famílias já possuíam o cadastro e foram por conta própria para o abrigo desde o dia 14, no entanto, só ontem, 17, que o volume de famílias cresceu mais com o aumento do nível dos rios.

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A servidora do CRAS, Ruth Souza, explica que desde o dia 14 as famílias vêm chegando no abrigo. (Foto: Evangelista Rocha)

“Eles vieram porque não tinha mais condições de permanecerem em suas residências, a água já havia invadido e eles precisam de um local para ficar. Muitos até perderam a documentação com a enchente e isso dificultou um pouco o nosso trabalho. Ainda não sabemos, por exemplo, quando serão enviadas as cestas básicas, que estão previstas para chegar”, explica Ruth.

A estrutura dos abrigos é a mesma daqueles construídos nos estacionamentos e praças da Colônia Z-30, feitos de compensado de madeira e algumas lonas para cobertura.

Enquanto novos abrigos são construídos, as famílias lavam louças. (Foto: Evangelista Rocha)

Diana Silva é moradora da localidade conhecida como Taboquinha, onde a água já invadiu sua residência desde o dia 14, o que fez ela, seu marido e os quatro filhos precisarem deixar seu lar e ir em busca do abrigo próximo da Obra Kolping. “Não tinha como ficar, a água já entrou dentro de casa. Essa é a primeira vez que preciso me mudar por conta da enchente, nunca passei por isso antes”, comenta Diana. (Zeus Bandeira)