Correio de Carajás

Empresário sentará no banco dos réus em Rio Maria

O assassinato do jovem causou protesto com destruição parcial do posto em Eldorado/Foto: Arquivo

No próximo dia 17, sentará nos bancos dos réus na cidade de Rio Maria um dos maiores empresários do ramo de combustíveis do sul Pará, José Leandro Costa Feitosa, dono de uma grande rede de combustíveis e distribuidora. Ele será julgado pelo Tribunal do Júri da comarca de Rio Maria por ter no ano de 2016 supostamente mandado sequestrar e matar Deivid Pereira de Freitas. A vítima tinha sido acusada de roubar R$ 100 mil em um posto do acusado em Eldorado do Carajás e isso teria motivado o crime.

Na época, o assassinato do rapaz teve grande repercussão, com fechamento da BR-155 e destruição parcial do posto de combustível em Eldorado. Leandro teve sua prisão decretada naquela ocasião, mas não chegou a ser preso. Seu advogado, Arnaldo Ramos, conseguiu revogar sua prisão antes mesmo de ele ir à cadeia.

O crime

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Segundo o Ministério Público, no dia 14 de janeiro do ano de 2016, por volta das 17h, Deivid Freitas foi sequestrado pelos denunciados, em razão de ter sido, supostamente, um dos autores do roubo ao posto, no mês de dezembro de 2015.

Ainda de acordo com o MP, durante as investigações policiais, ficou comprovado que o sequestro fora encomendado pelo acusado José Leandro Costa Feitosa, tendo este, inclusive, dado o veículo tipo Gol, de cor branca, placa OBZ-3068, aos denunciados que sequestraram e mataram a vítima, como forma de pagamento.

A denúncia diz ainda que os executores do sequestro e do homicídio foram Jorge Xavier da Silva Filho, vulgo “Joquinho”; Rogner Manduca de Morais, vulgo “Roguinho”, um homem de prenome Marcos e um adolescente em conflito com a lei.

Carro com pagamento

Segundo consta, os denunciados Jorge e o menor se reuniram no escritório do posto de gasolina de José Leandro, informando que Deivid teria feito o assalto no posto, e que precisavam de um veículo para buscar o dinheiro do roubo, tendo então recebido o veículo das mãos do próprio José Leandro. O carro seria utilizado para o crime e ainda ficaria como pagamento para os denunciados, para executarem o rapaz.

Procurado pela reportagem, o advogado Arnaldo Ramos, que defende José Leandro, disse apenas que acredita na inocência do seu cliente e provará isso perante o Conselho de Sentença da Comarca de Rio Maria. (Chagas Filho)