Empresa que já foi investigada pela Polícia Federal por esquema de grilagem de terras no Pará, a Agropalma teve a certificação internacional de plantações de dendê suspensa por violações de critérios da Roundtable do Óleo de Palma Sustentável (RSPO) pela IBD, considerada a maior certificadora da América Latina.
Em nota, a empresa disse que recebeu, na última semana, um comunicado informando da suspensão temporária.
A companhia informou ainda que “analisou o relatório da certificadora e discorda dos apontamentos por entender que a avaliação foi inadequada, pois não reflete a realidade e as regras da RSPO e, por este motivo, recorreu da suspensão”.
Leia mais:“Ressaltamos que os certificados RSPO das refinarias da Agropalma, em Belém (PA) e Limeira (SP), seguem vigentes e não haverá impacto na entrega de pedidos”.
A primeira certificação da Agropalma, segundo a empresa, ocorreu em 2011, mesmo ano em que o empreendimento foi condenado pela Justiça do Pará a pagar R$960 mil por condições degradantes de trabalho.
A atuação da empresa no Pará com as plantações de palma, de onde se extrai o óleo de dendê, comercializado internacionalmente, é marcada por embates com comunidades tradicionais, que envolvem acusações de grilagem e até cartório-fantasma. O conflito passou a ser conhecido como “guerra do dendê”.
“Sempre demonstramos total comprometimento e evidências sólidas quanto ao atendimento dos Princípios e Critérios da RSPO” e “atuamos sob regras rígidas e somos reconhecidos mundialmente por nossas práticas sustentáveis e transparência em nossos processos”, afirma a empresa. “A Agropalma reforça seu compromisso com a sustentabilidade e a excelência no atendimento”.
(Fonte:G1)