Correio de Carajás

Empresa de turismo vende pacotes para visitar áreas atingidas pela guerra na Ucrânia

Os roteiros mostram espaços bombardeados pela Rússia e estão disponíveis para compra por €50

Nomeado de "Braves Cities, em tradução "Cidades Corajosas", os roteiros que mostram espaços bombardeados pela Rússia estão disponíveis para compra por 50,00 euros. (foto: Divulgação/Visit Ukraine)

A Ucrânia pode não ser o roteiro mais escolhido pelos turistas neste momento. Mesmo assim, pacotes de passeios são vendidos em uma plataforma online Visit Uckraine para incentivar o excursionismo de estrangeiros nos locais atingidos pela guerra.

Nomeado de “Braves Cities, em tradução “Cidades Corajosas”, os roteiros que mostram espaços bombardeados pela Rússia estão disponíveis para compra desde o mês passado por €50, cerca de R$260.

‘Heroísmo na capital do norte’, ‘Persistente e resistente Sumy’, ‘Fortes e invencíveis Bucha e Irpin’ e ‘Um dia em Kiev’ são alguns dos oito pacotes oferecidos pela companhia.
Nas fotos usadas para a divulgação dos roteiros, a empresa mostra tanques de guerras, locais atingidos por bombas, prédios destruídos e até mesmo barreiras de proteção criadas pela população.

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Em entrevista à CNN, Anton Tanarenko, CEO da empresa, afirmou que o modelo não se encaixa no “Dark tourism”, “turismo sombrio” em tradução literal, em que turistas são incentivados a visitar locais de desastres, de morte ou destruição.

Para Anton, a iniciativa é uma forma de mostrar o espírito de coragem do povo ucraniano e que, mesmo durante a guerra, a vida continua.

Foto: Divulgação/Visit Ukraine

Foto: Divulgação/Visit Ukraine

Foto: Divulgação/Visit Ukraine

Recomendações
Para o Departamento de Estado dos Estados Unidos, o país ucraniano está no Nível 4 da graduação de segurança atribuída pelo governo norte-americano a regiões que não são recomendadas para viagens aos seus cidadãos.

Apesar da restrição, o Visit Uckraine disponibiliza uma série de recomendações de segurança para os visitantes que decidirem comprar os pacotes.

Entre as medidas, a plataforma recomenda nunca entregar seus documentos a outras pessoas, não se envolver em diálogos com pessoas suspeitas e procurar ajuda apenas de órgãos oficiais em caso de violação de direitos.

(Fonte: O POVO)