Correio de Carajás

Empregos formais crescem em Parauapebas, mas pagam até 2 salários

Empregos formais crescem em Parauapebas, mas pagam até 2 salários
✏️ Atualizado em 20/09/2019 13h14

Parauapebas gerou 14.942 novas contratações no primeiro semestre do ano, um saldo positivo comparado ao número de demissões, de 11.344 pessoas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no entanto, a maior taxa de empregos gerados paga de um a dois salários mínimos.

A função de servente de obras foi a que mais contratou, 1.106 no total, com salário médio de R$ 1.076,89. Em segundo lugar, 591 novos soldadores foram admitidos, com vencimento mensal de R$ 1.809,10, em média. Para serviços gerais, 518 funcionários foram contratados, ocupando o terceiro lugar, e com salário de R$1.080,97. 

Dados do Caged apontam também que as áreas de operador de caixa, trabalhador da manutenção de edificações e carpinteiro foram os que menos empregaram no primeiro semestre do ano, totalizando o número de contratações de 255, depois 249 e 242 respectivamente, com uma média salarial de R$1.119,03 a R$ 1.482,97.

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Três funções despontam com ganho superior à de dois salários mínimos no quadro de empregos do Caged. São elas: Motorista de caminhão (com rotas nacionais e internacionais) gerando 348 contratações formais, e salário de R$2.029,40. A admissão de caldeireiros (chapas de ferro e aço) totalizou 296 empregos, e salário de R$ 2.067,50. Por último, técnico em segurança do trabalho, com 275 vagas e vencimento salarial de R$2.270,02.

Os dados nacionais do Caged mostram que a maior parte dos trabalhadores demitidos é aquela com menos tempo de permanência no emprego. Na média, enquanto na indústria, no comércio e nos serviços quase a metade dos demitidos estava trabalhando há menos de um ano, na construção civil esse percentual avança para 62%.

Parauapebas segue as estatísticas nacionais

Para o economista Marco Antônio Silva, os dados mostram que Parauapebas seguiu as estatísticas do Brasil e iniciou o ano superando o número de contratações ao de demissões. Porém, ressalta que as “vagas existem, mas muitas vezes são empregos que não exigem um grau maior de qualificação. Por isso, justifica-se um média salarial inferior à de dois salários mínimos”, informou. 

Silva analisa também que ”em Parauapebas o nível salarial não é o mesmo ao de cinco anos atrás, quando a economia e oferta de empregos chegou a superar a média nacional”. Ele ressalta que as mudanças da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a reforma trabalhista, trouxeram à cidade a realidade a nível Brasil.   

O especialista avalia que o setor de mineração é o que mais emprega na cidade, “gerando uma movimentação no setor, no comércio e em serviço. Quando o serviço de mineração vai bem, ajuda no crescimento de empregos na cidade e propicia salários com bonificações, superando a média de dois salários mínimos”, conclui. (Theiza Cristhine)