📅 Publicado em 12/11/2025 16h44
Quem está saindo de Marabá e indo nesta quarta-feira (12) para Belém, participar do Pavilhão Pará na COP30, é Larissa Ribeiro, empreendedora, CEO e chef da Aorô Chocolates.
Natural da capital paraense, foi na terra de Francisco Coelho que ela plantou seu sonho e tem colhido – com muito suor e perrengues – os frutos de sua fantástica fábrica de chocolates. E desde sua primeira entrevista ao Correio de Carajás, em maio de 2024, ela já compartilhava um grande sonho: estar presente na COP30.
“Eu sempre disse que estaria lá, nem que fosse com a minha bolsinha térmica na porta do Hangar”, relembra com forte entusiasmo. Larissa é uma entre quatro empreendedores marabaenses escolhidos para representar o município no evento internacional entre os dias 17 e 21.
Leia mais:“Nosso estado tem as dimensões de um país e muitas vezes nós do interior não somos vistos e nem lembrados. Marabá não tem uma tradição forte na produção de cacau e de chocolates e espero representar muito bem nosso município e a região de Carajás”, declara com veemência.
Aguerrida, a empreendedora chegará dias antes para reabastecer os setes pontos de vendas que tem parceria em Belém e aproveitar para prospectar novos negócios.

EXPECTATIVAS
Como toda grande notícia, saber que iria representar Marabá na COP30 causou uma mistura de sensações em Larissa. Surpresa, felicidade, desespero foram algumas das emoções que dominaram o corpo e a alma da empreendedora, dando a ela forças para superar os perrengues da produção.
“O equipamento quebrou, faltou fornecimento de cacau. Não ia dar tempo de fazer muita coisa. Mas não medimos esforços para conseguir realizar tudo que era preciso. E apesar do cansaço e do desgaste, produzimos o máximo possível”, desabafa.
Diante de tamanha dedicação e trabalho, o impacto que a marca consegue gerar, ainda que pequeno, já é motivo de celebração. Sua intenção é não depender de grandes eventos para fazer a Aorô decolar, mas reconhece que esses espaços são grandes impulsionadores de seu trabalho.
“Ainda assim, às vezes eu me sinto ‘outsider’, por não ser natural de Marabá, mas sempre busco representar a cidade e sua a cultura. É uma felicidade imensa pra mim”, reflete ela que já pode se considerar filha adotiva da cidade.
Para Larissa, fica a expectativa de realizar grandes coisas em Belém. Para o marabaense, fica o orgulho de ser representado por uma mulher que exala força e resiliência.

