Cada vez mais nos aproximamos do chamado “inverno amazônico”, quando as chuvas intensas tomam conta das cidades da região norte no período de dezembro até meados de abril, praticamente, todos os dias e sem uma hora exata.
É sol intenso e chuva fraca ou forte se alternando e pegando todo mundo desprevenido. Nessa “brincadeira”, quando a gente menos espera, a garganta começa a incomodar, o corpo amolece e o nariz não sossega: pronto, você já está com a “virose”.
“É importante esclarecer a população o conceito de ‘virose’, que se caracteriza de uma forma generalizada de uma doença causada por um vírus. Quando identificado, pode-se nominar tal doença, como exemplo a dengue, o zika, a varicela”, explica Natasha Vilanova, especialista em endocrinologia e medicina integrativa.
Leia mais:Os vírus estão sempre presentes ao longo do ano, mas têm mais força no “inverno”. “Geralmente os sintomas duram de 3 a 5 dias, podendo variar. Sendo eles: dor de cabeça, dor no corpo, sensação de mal estar, febre e coriza”, explica.
E ninguém escapa: tanto as crianças quanto os adultos sofrem com as “viroses”. Em um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), os meses de abril e maio de 2018 foram considerados “os períodos de maior incidência de casos positivos de Influenza, popularmente conhecida como gripe”.
Há 15 dias, Augusto Pantoja trava uma verdadeira batalha contra o quadro de gripe e tosse que o acometeu. Sem ter muito o que fazer precisou de descanso e medicamentos.
“Amanheci com aquela incômoda coriza e muitos espirros. A tarde já apresentava irritação na garganta e tosse. Fui ao médico que receitou dois medicamentos e recomendou repouso. Apesar de ter melhorado bastante, ainda não fiquei totalmente curado”, disse ele lembrando que não costuma gripar com frequência.
DADOS
O ano nem acabou e apenas na capital paraense já foram notificados 379 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), condição que leva à necessidade de internação hospitalar do paciente na maioria dos casos justamente por conta do comprometimento das vias respiratórias. Sendo que desses casos, 181 foram confirmados para outros vírus respiratórios e 156 descartados.
TRATAMENTO
As formas de tratamento são das mais variadas: de mastigar gengibre a tomar mel com copaíba, o paraense sempre acha um jeito de se curar. Quando não, opta pela automedicação, o que não é recomendado pelos médicos.
De qualquer forma, três itens não podem faltar durante o tratamento do paciente: hidratação, repouso e alimentação saudável. Sucos naturais e sopas são sempre uma ótima pedida para dar ao corpo a energia necessária.
Tão importante quanto o tratamento, é a prevenção. Vilanova considera essa a etapa mais importante justamente para diminuir os casos e evitar possíveis complicações. Pensando nisso, ela aconselha: “Lembre-se de lavar bem as mãos, principalmente antes das refeições e uso do banheiro. Fique hidratado. Mantenha os alimentos bem conservados e preste atenção nos grupos de risco (idosos, gestantes, crianças)”.
(DOL)