Correio de Carajás

Em Marabá, idosos sofrem em longa espera de ônibus em dia de chuva

A falta de qualidade do serviço de transporte público é Marabá é cada vez mais gritante / Foto: Josseli Carvalho

Enquanto a chuva caía implacavelmente sobre a praça São Francisco, no bairro Cidade Nova, na manhã desta segunda-feira (6) em Marabá, uma cena desoladora podia ser observada por quem passava no local. Idosos esperavam pelo ônibus que teimava em não chegar. A espera angustiante faz parte do retrato diário dos desafios que a população enfrenta no sistema de transporte público da cidade.

Os relatos destes usuários representam um lembrete contundente de que o coletivo carece de melhorias urgentes, como já noticiado diversas vezes por este portal. A qualidade do serviço, a pontualidade e o atendimento às necessidades do marabaense têm se mostrado inexistentes. O acesso a um transporte digno e seguro, parece ser uma realidade distante.

Celso, um idoso que aguardava pelo coletivo, expressou sua frustração após já esperar por meia hora. “A gente espera melhorar, mas não acontece”, lamentou. À reportagem deste Correio, ele aponta que, em vez de melhorar, a situação piora a cada dia. Essa experiência é compartilhada por muitos outros idosos naquele núcleo.

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Germina da Cruz, que estava a caminho do bairro Liberdade, destacou que esperar mais de 30 minutos pelo ônibus não é incomum. Na verdade, se tornou normal que o tempo de espera ultrapasse uma hora. “O nosso transporte é esse, nós não temos carro e nem dinheiro para transporte por aplicativo. Ou melhora ou melhora, não tem outra opção”, desabafou, ilustrando a falta de alternativas para os idosos que dependem do transporte público.

Essa situação não se limita ao tempo de espera, pois os idosos também enfrentam problemas com a qualidade dos ônibus. Raimunda Souza, outra idosa que aguardava a condução, apontou que os ônibus são notoriamente precários. Essa qualidade dos veículos, aliada aos longos períodos de espera, torna a experiência de transporte público ainda mais desafiadora para essa parcela da população. (Thays Araujo, com informações de Josseli Carvalho)