Há 43 anos, Marabá ganhava uma estrutura responsável por conectar a cidade com o restante do país através da BR-230 (Rodovia Transamazônica): a primeira ponte sobre o Rio Itacaiunas. Até então, o núcleo Cidade Nova, que já era bastante povoado, tinha ligação com o restante da cidade por meio de balsas e barcos.
A obra iniciou em 1978 e em 13 de novembro de 1981, autoridades estaduais e federais vieram a Marabá para o ato de abertura da ponte com uma caminhada que percorreu toda a sua extensão.
HISTÓRICO
Leia mais:Era um dia de chuva, característico do inverno amazônico, quando a primeira ligação rodoviária entre as duas margens do Itacaiunas, em Marabá, foi inaugurada. O então ministro do Interior, Mário Andreazza; o vice-governador, Gerson Peres; o senador Aloysio Chaves; o deputado Manoel Ribeiro e o superintendente da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), presenciaram o momento tão aguardado pela população marabaense.
Autoridades e moradores fizeram, a pé, uma caminhada por toda a extensão da estrutura. Na época, Jorge Salame registrou em fotografias um protesto realizado durante a solenidade, quando um grupo levantava faixas exigindo a meia passagem para estudantes.
Em uma reportagem publicada em novembro de 2010 – por ocasião da inauguração da duplicação da ponte – o Correio do Tocantins (precursor deste), entrevistou o aposentado Adelmo Pereira de Souza. Ele estava presente naquele 13 de novembro.
“Aquela (ponte) teve um valor histórico. Paramos de andar de balsa e esperar as canoinhas, que às vezes demoravam mais de horas para fazer a travessia, para poder andar com as nossas próprias pernas”.
Quem também compartilhou suas memórias foi Francisco de Moura, para ele era uma satisfação participar das duas inaugurações. “Foram períodos e necessidades diferentes para ambas as pontes, que são importantes para o município”, avaliou.
A obra da primeira ponte iniciou em outubro de 1978, pela construtora A. Gaspar (a mesma da terceira ponte). Houve demora na sua conclusão devido a falta de recursos, por isso, seus 505 metros foram divididos em duas etapas. A primeira contemplou 360 metros e a segunda, 145.
DUPLICAÇÃO
Em 11 de novembro de 2010 a duplicação da ponte sobre o Rio Itacaiunas (também conhecida como segunda ponte) foi entregue para a população marabaense. A obra durou 15 meses e foi seguida da duplicação dos seis quilômetros do perímetro urbano da BR-230 (Rodovia Transamazônica).
Naquele momento, o projeto visava melhorar a fluidez do tráfego entre os três núcleos urbanos Nova Marabá, Cidade Nova e Marabá Pioneira. Após 14 anos, a inauguração da terceira ponte chega para aliviar um novo gargalo do trânsito marabaense.
(Luciana Araújo)