Ansiedade e necessidade de adiantarem o mais rápido possível seus deveres como cidadãos, usando as urnas eletrônicas, marcam o sentimento das dezenas de marabaenses que fizeram filas na porta das escolas eleitorais, como Jonathas Pontes e Anísio Teixeira, antes mesmo das 8h, horário de início das votações. Até mesmo cadeirantes e crianças marcaram presença neste dia de grande importância.
A equipe do Correio de Carajás também madrugou e acompanhou de perto a movimentação dos pleitos eleitorais. Paulo Marcílio Amaral, de 72 anos, foi o primeiro a chegar no colégio Jonathas Pontes. De acordo com o senhor, que levou junto o neto João de 10 anos, a razão da pontualidade era a vontade de exercer seu direito rapidamente, tendo em vista que não vê problema em acordar cedo, pois se trata de rotina.
“Espero que quem for eleito, procure respeitar a constituição e o cidadão brasileiro, pois vejo que há um desrespeito generalizada entre os candidatos, quando, na verdade, deveriam demonstrar exemplo de cidadania”, exprime, questionando severamente como tais possíveis e representantes podem ter tal postura.
Leia mais:Seu Paulo também aproveitou para dizer que espera que essa eleição termine com essas vulgaridades que degrada o país. O senhor se mostra decepcionado com a atual situação política do Brasil e espera unicamente que eles mostrem e cumprem seus planos de governo que, em sua visão, é o que realmente interessa.
Sobre o neto, ele afirma que é um modo de mostrar desde cedo ao pequeno o exercício do voto: “Estou trazendo para aprender ser nosso direito e devemos executá-lo com sabedoria”, assegura. Enquanto isso, João sorri e diz que já entende a importância do ato. Espera que quando tiver idade suficiente para apertar os dígitos da urna, dê continuidade a essa sabedoria ancestral
E por falar em voto facultativo e obrigatório, Catarina Girardi, de 18 anos, compareceu ao Jonathas Pontes para votar pela primeira vez. Na grande expectativa de, enfim, colaborar de forma consciente com o país, ela declara estar com uma ótima sensação, já que, para a adolescente, a conjuntura nacional que vive, o ato constitui uma responsabilidade enorme.
“Me sinto muito feliz de poder participar desse momento”, relata, ao lado do pai Idovaldo Girardi, que a acompanhou e também se mostrou bastante consciente quanto ao compromisso de escolha consciente dos representantes. Ele espera, primeiramente, que haja amor, paz, tranquilidade e progresso, nos projetos dos escolhidos. Além disso, completa que, agora, a igualdade prevalece: “Na hora de apertar as teclas, somos todos iguais, não importa raça, gênero, dinheiro, nada”.
Teve também quem enfrentasse dificuldades físicas para poder cumprir com sua obrigação de cidadão. Dona Dalva da Conceição, de 59 anos, é cadeirante devido a um episódio de meningite e, ainda, sim, compareceu com a ajuda de familiares ao ponto de votação Anástacio de Queiroz, para votar. Ela relata a equipe que é sensível ao frio devido às sequelas de sua condição e isso a desanima, mas ainda, sim, saiu de casa bem cedo para exercer seu direito de voto.
(Thays Araujo)