A Polícia Federal utilizará drones em todos os Estados brasileiros para auxiliar na prevenção e repressão de crimes eleitorais. Os drones operados pelos agentes federais irão sobrevoar as principais Zonas Eleitorais para fiscalizar e combater crimes como boca de urna e transporte de eleitores. Segundo o chefe da Polícia Federal local, delegado Marcelo Mascarenhas, a partir de Marabá os drones devem cobrir uma área de 23 municípios, com base em levantamento prévio e também de denúncias que chegarem ao conhecimento dos federais.
“Vão ser formadas equipes e nas áreas que nós entendemos mais sensíveis nós vamos utilizar tais drones para coibir compra de votos, boca de urna e todos os delitos eleitorais que acontecem todos os anos nessas localidades”, explica o delegado.
Por questões de segurança, a Polícia Federal não informa o número exato de drones que serão usados, mas, de acordo com o perito criminal federal, Marcus Mendes, os equipamentos têm capacidade de transmissão de imagem de até 6 km de raio e devem voar em torno de 120 metros de altura, para ficar imperceptíveis aos olhos humanos, e assim captar e enviar imagens de crimes eleitorais.
Leia mais:“Se a gente quiser aproximar, chegar mais perto pra pegar uma imagem mais nítida, a gente vai poder fazer isso também, ou se a gente quiser subir e sumir, a gente vai também conseguir fazer isso”, explica o perito
Ainda de acordo com Marcus Mendes, a pequena aeronave remota transmite imagens em tempo real para o controle, que está em poder do operador e costuma ser um celular ou iPod. “Aí a gente vai ter conexão direta com as pessoas que estarão nas bases, aguardando o sinal pra gente entrar em ação, caso seja necessário”, completa.
Além de Marabá, os municípios paraenses onde a Federal usará drones serão Belém, Ananindeua, Marituba, Altamira, Redenção e Santarém. Ao todo, para aumentar a segurança nas eleições, a Polícia Federal usará mais de 100 Aeronaves Remotamente Pilotadas como ferramenta para inibir a prática de crimes eleitorais.
O uso de drones possibilita, ainda, diminuir a presença física dos policiais e o contato social com não envolvidos em situação criminosa, o que se torna extremamente relevante diante do cenário de medidas de distanciamento social para combater a epidemia do novo coronavírus. (Chagas Filho)