O cabo da Policia Militar identificado como Antar está preso após uma adolescente de 16 anos denunciá-lo por abuso sexual na madrugada deste domingo (19), em Eldorado dos Carajás, sudeste do Pará. Além dele, foram presos dois colegas de farda cujos nomes não foram divulgados e que atuavam na mesma guarnição naquela noite. Os três estão recolhidos em Parauapebas.
O Correio de Carajás apurou que a adolescente e o namorado retornavam, por volta das 2 horas, de uma pizzaria. Ele conduzia uma moto e ao passarem em frente a um posto de combustíveis, onde estava uma viatura policial, receberam ordem para parar. O namorado não parou, momento que os policiais o seguiram e o alcançaram.
A denúncia aponta, ainda, que no momento que o casal desceu da moto, os três policiais foram em direção ao jovem e o agrediram com socos e chutes. Ele então foi algemado e colocado na viatura, onde a adolescente também recebeu ordem para entrar.
Leia mais:As vítimas relatam que ao chegarem na delegacia, os policiais teriam pedido para que a jovem esperasse do lado de fora. Pouco depois, Antar é acusado de ter retornado e afirmando que ajudaria a adolescente, informando que o namorado dela seria liberado apenas na segunda-feira (20).
O cabo teria dito que iria conduzir a adolescente até em casa, mas chegarem no endereço teria começado a tocar nela e beijá-la. A vítima, em estado de choque, não teria conseguido reagir e ele ainda teria pedido para ser amante dela. Após o abuso, conforme a denúncia, ele teria ligado para que os dois policiais fossem buscá-lo.
A Reportagem procurou nesta segunda-feira a Delegacia de Polícia Civil de Eldorado do Carajás, mas foi informada que o caso está sendo investigado em âmbito militar. O Correio de Carajás também conversou com o comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar, o major Gledson Melo dos Santos, para falar sobre a denúncia que chegou à reportagem.
Ele informou que irá se pronunciar quando as investigações sobre o caso forem finalizadas. O comandante acompanhou pessoalmente a prisão dos acusados. Não foi possível localizar, até o momento, o advogado que defende os militares. (Ronaldo Modesto e Theíza Cristhine)