A empresa de comércio eletrônico eBay disse na terça-feira (7) que demitirá 500 funcionários em todo o mundo, representando 4% de sua força de trabalho total.
“Esta mudança nos dá espaço adicional para investir e criar novas funções em áreas de alto potencial -novas tecnologias, inovações de clientes e mercados-chave”, disse Jamie Iannone, presidente-executivo do Ebay em uma mensagem aos funcionários.
Várias empresas norte-americanas, do Goldman Sachs a Alphabet, demitiram milhares este ano para enfrentar uma desaceleração da demanda provocada pela alta inflação e aumento das taxas de juros.
Leia mais:- Boeing vai cortar cerca de 2 mil vagas administrativas neste ano
- ‘Big Techs’ já demitiram 40 mil em 2023; total no setor é de 100 mil, segundo levantamento
- Google anuncia a demissão de 12 mil funcionários no mundo todo
- Big Techs em crise: maioria das demissões acontece em áreas de desenvolvimento, diz Pedro Doria
Zoom também demite
A plataforma de vídeo Zoom anunciou também na terça a demissão de 15% dos seus funcionários, ou cerca de 1.300 pessoas, para lidar com “a incerteza econômica mundial” e o pós-pandemia.
Símbolo do teletrabalho no auge da propagação da covid-19, o crescimento da plataforma disparou em meados de 2020, graças à proliferação de reuniões virtuais, tanto de trabalho quanto familiares.
Em dois anos, o Zoom quadruplicou sua receita e triplicou sua força de trabalho “para atender à demanda”, destacou Eric Yuan, diretor-geral do grupo, no site da empresa. Mas o executivo reconheceu que a plataforma não “levou o tempo suficiente para analisar do que precisava e garantir que seu crescimento fosse sustentável”.
“A incerteza econômica mundial e seu efeito em nossos clientes” levaram o Zoom a mudar de rumo, para “poder enfrentar o entorno econômico atual”, declarou o executivo, que irá reduzir seu salário em 98% e abriu mão dos bônus. Além disso, os executivos do Zoom terão uma redução salarial de 20% e tampouco receberão bônus.
No momento em que a indústria se prepara para uma possível recessão, o Zoom tomou medidas semelhantes às adotadas por gigantes como Microsoft, Meta, Alphabet, Amazon, Dell e Twitter.
(Fonte:G1)