A francesa Duralex entrou com pedido de recuperação judicial após 75 anos de atividades. Famosa por seus pratos “inquebráveis”, a companhia precisa apresentar um plano de pagamento de dívidas para evitar a própria quebra.
De acordo com declaração do presidente da empresa, Antoine Ioannidès, ao jornal Le Monde, houve perda de 60% do faturamento com a queda das exportações por conta da pandemia do novo coronavírus. Com sede em La Chapelle-Saint-Mesmin, interior da França, 80% da produção da Duralex vai para fora do país de origem.
A Duralex passa agora por seis meses de observação, com tutela do Tribunal de Comércio de Orléans, para tentar salvar os negócios ou declarar falência.
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A Duralex foi criada em 1945, ano do fim da Segunda Guerra Mundial, pelo grupo industrial Saint-Gobain. Anos antes, o grupo havia lançado uma técnica de vidro temperado que daria aos itens uma resistência especial. O nascimento da Duralex era o início de uma alternativa de substituição às louças tradicionais.
O auge veio nos anos 1970 e 1980, com ganhos de mercado dos vidros “inquebráveis”. Longe dos tempos áureos, em 1997, a empresa foi vendida a um grupo italiano que permaneceria como controlador até 2005.
Naquele ano, o empresário turco Sinan Solmaz assumiu a operação já combalida. Em 2007, uma das fábricas da companhia na França fechou. No ano seguinte, a empresa ameaçou entrar com um processo de recuperação judicial, mas acabou vendida para a atual administração.
Dos mais de 1 mil funcionários que chegou a ter, passou nessa época a ter cerca de 260. Por 10 anos, conseguiram estabilizar as operações e planejavam ampliação com um novo forno. A demanda não se confirmou e as instalações apresentaram problemas, trazendo de volta os problemas financeiros.
Duralex no Brasil
O pedido de recuperação judicial da empresa na França não afeta as operações da marca no Brasil. No país, assim como no resto da América do Sul, a marca Duralex pertence à Nadir Figueiredo.
Em nota ao G1, a empresa reforça que trata-se de uma marca sólida, tradicional e que continuará a ser comercializada normalmente nestes países.
(Fonte:G1)