Correio de Carajás

Dupla de bocha paralímpica de Marabá vai a campeonato nacional

Dois atletas de Marabá participam de competição paralímpica em Uberlândia entre os dias 24 e 30 deste mês

Atletas da Associação Paralímpica de Marabá competem pela primeira vez em um campeonato nacional/ Fotos: Evangelista Rocha

Na semana do Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro) o esporte paralímpico marabaense levará para a cidade de Uberlândia (MG) uma promissora dupla de atletas. Eles irão competir no Campeonato Brasileiro de Bocha Paralímpica, que acontecerá entre os dias 24 e 30 de setembro.

A Reportagem do Correio de Carajás acompanhou um treino da equipe que aconteceu na tarde da última terça-feira, 20, no Colégio Alvorada (Rua das Mangueiras, Núcleo Cidade Nova). O clima que aparentava descontração carrega, na verdade, a imensa seriedade dos técnicos Jhon Hans Macedo da Silva e Arionaldo Borges dos Reis.

Os técnicos Jhon e Ari são os responsáveis pela preparação técnica dos atletas

Os atletas irão competir em duas modalidades. Lucas Melquides da Silva na BC1 (recebe auxílio de ajudantes, que podem estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola, quando pedida); e Jhemeson Feitosa da Silva, BC2 (não podem receber assistência). Na viagem eles serão acompanhados por Jhon.

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Apesar de os atletas já serem experientes em competições, é a primeira vez deles em um campeonato nacional. “Eles são atletas de alto rendimento, e nesse brasileiro vão encontrar campeões de competições de nível mundial, por exemplo. Vão estar em um ambiente muito técnico e acirrado e são treinados para que ao chegarem lá, saibam o que fazer”, assegura Jhon.

E é justamente por conta do nível profissional da disputa, que durante o treino os técnicos não dispensam críticas construtivas às jogadas.

“A relação é saudável, mas nós somos professores, somos técnicos e a gente tem que cobrar seriedade. A gente puxa a orelha, porque não pode falhar, na hora do jogo se brincar não leva”, observa Ari. O momento fraterno acontece após o treino, quando eles param para relaxar e brincar, deixando a bocha de lado e falam sobre outros temas.

Ao longo de duas horas a equipe se dedicou ao treino, melhorando seus resultados a cada jogada, vez ou outra sendo necessário uma orientação técnica ou um olhar diferenciado sobre o jogo.

ENTENDA AS REGRAS

Os atletas paralímpicos disputam em cadeiras de rodas e têm como objetivo lançar as bochas (bolas) coloridas o mais próximo possível da bola branca. Nessa modalidade é permitido o uso das mãos, dos pés, de equipamentos auxiliares e também de ajudantes, no caso daqueles atletas com mais limitações de mobilidade.

Nas provas individuais as partidas ocorrem em quatro tempos, havendo o lançamento de seis bolas em cada um.

Quando disputado em duplas, também são realizadas em quatro ends. Entretanto, as seis bolas são distribuídas entre a dupla, sendo três bolas por jogador.

As provas disputadas em trios ocorrem em três ends. Assim, em cada end o jogador tem direito a lançar duas bolas.

Ao final dos lançamentos, um membro da equipe de arbitragem realiza a medição das distâncias das bolas coloridas em relação à bola branca para definir a pontuação obtida por cada atleta. Ganha o atleta, ou equipe, que fizer mais pontos. (Luciana Araújo)