Correio de Carajás

Dupla agride e assalta mulher

Quando seguia para seu trabalho, pela estrada que liga Murumuru a Morada Nova, Maria Socorro da Silva, de 50 anos, foi abordada por dois criminosos em uma Biz. Eles anunciaram assalto e exigiram a Biz dela. Maria se negou a entregar a motoneta, mas foi seguida pelos criminosos que atravessaram a pista, a jogaram no chão e fugiram no veículo da vítima. Todavia a Polícia Militar agiu rápido e prendeu os dois acusados. A dupla usava um simulacro de pistola.

Os acusados são Janderson Wilkerson Costa dos Santos, de 19 anos, e Guilherme Pereira de Morais, de 18, que confessou ter matado uma pessoa em 2015, quando ele ainda tinha apenas 15 anos de idade.

Para a Imprensa, a vítima contou que tentou fugir da dupla, mas eles foram mais rápidos e a derrubaram. “Fiquei toda ralada”, lamentou a mulher, acrescentando que um dos bandidos estava com uma arma e que depois que ele foram embora ela gritou por socorro, sendo acudida por um homem que vinha logo atrás em outra moto.

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Essa pessoa foi fundamental para prender a dupla, pois a levou para o Posto Policial Destacado (PPD) de Morada Nova, onde ela relatou ocorrido aos militares e seguiu com eles na viatura fazendo buscas pela periferia de Morada Nova, até encontrar os bandidos.

Responsável pela prisão, o cabo Morais, comandante do PPD de Morada Nova, disse que acionou imediatamente a Polícia Rodoviária Estadual para compor a equipe de buscas aos criminosos. “Conseguimos fazer o cerco, capturar os dois indivíduos e, para nossa surpresa, o outro veículo que eles estavam usando também tinha ocorrência de roubo e furto”, relata o policial.

Ainda de acordo com os policiais, como a dupla agia em uma Biz, também roubada, a moto não tinha placa. Somente depois quando foi recuperada a moto roubada ontem de manhã e a moto usada pelos acusados, é que foi descoberto que o veículo utilizado pela dupla era roubado.

No momento em que foi preso, o acusado Guilherme disse que a moto foi comprada na cidade de Itupiranga, mas alegou não saber que o veículo era roubado. Disse também que resolveu assaltar porque estava sem dinheiro.

Já o comparsa dele, Janderson, disse que tinha apenas 16 anos e que esta teria sido sua primeira vez no mundo do crime. Mas logo que a Polícia começou a tomar a qualificação dele, o malandro revelou que nasceu em fevereiro de 1999, já tendo, portanto, 19 anos completos.

OUTRO ASSALTO

No momento em que a Polícia Militar fazia a apresentação da dupla na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, eis que chega na delegacia outra viatura da PM trazendo o outro acusado de assalto que havia acabado de ocorrer na Folha 31, nas imediações da Fundação Casa da Cultura, tendo como vítima três servidoras públicas municipais.

As vítimas contaram que foram abordadas por três criminosos, os quais também estavam com o simulacro e conseguiram tomar o celular de uma delas, mas quando elas viram que a arma era falsa, começaram a gritar por socorro. Para azar dos bandidos uma viatura policial passava pelo local na hora. Na viatura estava ninguém menos que o comandante do CPR-II, coronel Mauro Sérgio, junto com o sargento Barbosa. Dois fugiram, enquanto um foi preso.

E enquanto as vítimas ainda estavam eufóricas na porta da delegacia, um rapaz chegou de carro avisando a polícia que um segundo acusado havia sido pego por populares na Folha 28 e estava sendo espancado. Quando a PM foi para o local já se deparou com o acusado amarrado a uma lixeira e com o rosto “lavado” de sangue.

O acusado era um menino de aparência frágil, com rosto de criança mesmo, não aparentava mais do que 15 anos. Ele chorava bastante e jurava inocência. Declarou que correu com medo dos assaltantes que vieram correndo em sua direção e acabou sendo confundido com um dos bandidos.

Os policiais foram gentis com o jovem e o levaram para a delegacia para que fosse feito o auto de reconhecimento pelas vítimas. Mas na hora que ele desceu da viatura, antes mesmo de entrar na Seccional Urbana, foi logo reconhecido pelas três mulheres assaltadas.

Tanto o elemento que foi pego no momento do assalto quanto o que foi agredido pelos populares são menores de idade. Já o terceiro envolvido no assalto malsucedido conseguiu escapar. Mas possivelmente haverá uma próxima vez. (Chagas Filho)