Correio de Carajás

Duas mil famílias devem ser contempladas com projeto habitacional

Duas mil famílias que ocupam quatro áreas de invasão em Parauapebas estão lutando para conseguir moradia digna. A luta, que para alguns já dura mais de nove anos, sinaliza com um final feliz depois que o governo municipal se comprometeu em conseguir uma área para lotear e remanejá-los até o dia 10 de maio de 2018.

Essa área será toda urbanizada, com água, iluminação pública, pavimentação asfáltica e saneamento básico. Ainda este mês, segundo informou a Secretaria Municipal de Habitação de Parauapebas (Sehab), será apresentado o projeto piloto do loteamento, que até agora não tem local definido.

Além da urbanização do loteamento, cada uma das duas mil famílias também irá receber um quite auxílio construção. As famílias beneficiadas com esse projeto são da comunidade Palafita, que fica no centro de Parauapebas; ocupação do Linhão, no Bairro Tropical; Invasão Sonho do Lar, no Bairro Ipiranga; e ocupação do Morro da Castanha.      

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O Grupo de Apoio a Moradia Popular (Gampp) e as associações da Invasão Palafita e Linhão se uniram e também fizeram um projeto de loteamento, que será apresentado ao prefeito Darci Lermen (PMDB) nesta sexta-feira, dia 10. Eles já identificaram uma área, que consideram ideal para o loteamento, localizada no complexo VS 10, no Bairro Bom Jesus.

No entanto, como aquela área ainda não é legalizada e é considerada área rural, eles esperam que o município consiga resolver essa questão, junto ao Incra, para que possam ser remanejados.  Segundo Francisco da Silva, presidente do Gampp, há muito eles vêm lutando por moradia e agora finalmente receberam sinal positivo para a questão.

Inclusive, ele diz que conseguiu segurar a ocupação do Morro da Castanheira, após o prefeito Darci, tão logo assumiu o governo, ter ido lá e pedido para que eles saíssem do local porque iriam receber uma área digna para morar. “Ele pediu um prazo para nós, até o dia 10 de maio, quando Parauapebas completa 30 anos de emancipação política. Estamos esperançosos que isso será cumprido. Inclusive ele afirmou que é sua meta acabar com as invasões da cidade”, lembra.

 

Vida de risco sobre palafitas

Dentre os moradores que pleiteiam moradia, a situação mais crítica é a dos que vivem na Comunidade Palafita. Morando em palafitas em um varjão inundado por água de esgoto, os moradores sonham com um lugar melhor para viver.

A ocupação começou há nove anos e hoje moram no local cerca de 200 famílias, que estão esperançosas em sair dali e ir para um local de terra firme. Boa parte afirma que foi morar no local, completamente insalubre, porque não teve outra opção.

As ruas da ocupação são passarelas de madeira, que estão deterioradas e os risco de acidentes são iminentes. Segundo Manoel Amaral, um dos representantes da comunidade, quase diariamente alguém sofre algum tipo de acidente ali e alguns se feriram com certa gravidade. “As tábuas das passarelas estão podres e acabam quebrando com o peso das pessoas. Teve gente que já caiu nessa água podre. Isso aqui é uma vida desumana. A gente só está aqui por não ter realmente para onde ir”, relata Manoel.

Alheias ao perigo, as crianças se divertem nas vielas de tábua podre, correndo e andando de bicicleta. Elas são as principais vítimas de acidentes e de doenças causadas pela água contaminada.

O local também está sujeito a sofrer um sinistro a qualquer momento, provocado por curto circuito na fiação elétrica. É que para ter energia elétrica em casa os moradores fazem ligações clandestinas e o emaranhado de fios, sem qualquer segurança, a qualquer hora pode entrar em curto e provocar uma tragédia na comunidade.

Risco que os moradores sabem que é real, mas dizem não ter o que fazer, a não ser contar com a providência divina para que algo trágico não ocorra. “Só podemos contar com Deus. Ele é que nos tem livrado de uma tragédia”, diz uma das moradoras.

A palafita, bem no centro da cidade, expõe a mazela da capital do minério, um dos municípios mais ricos do Brasil. (Tina Santos)

Duas mil famílias que ocupam quatro áreas de invasão em Parauapebas estão lutando para conseguir moradia digna. A luta, que para alguns já dura mais de nove anos, sinaliza com um final feliz depois que o governo municipal se comprometeu em conseguir uma área para lotear e remanejá-los até o dia 10 de maio de 2018.

Essa área será toda urbanizada, com água, iluminação pública, pavimentação asfáltica e saneamento básico. Ainda este mês, segundo informou a Secretaria Municipal de Habitação de Parauapebas (Sehab), será apresentado o projeto piloto do loteamento, que até agora não tem local definido.

Além da urbanização do loteamento, cada uma das duas mil famílias também irá receber um quite auxílio construção. As famílias beneficiadas com esse projeto são da comunidade Palafita, que fica no centro de Parauapebas; ocupação do Linhão, no Bairro Tropical; Invasão Sonho do Lar, no Bairro Ipiranga; e ocupação do Morro da Castanha.      

O Grupo de Apoio a Moradia Popular (Gampp) e as associações da Invasão Palafita e Linhão se uniram e também fizeram um projeto de loteamento, que será apresentado ao prefeito Darci Lermen (PMDB) nesta sexta-feira, dia 10. Eles já identificaram uma área, que consideram ideal para o loteamento, localizada no complexo VS 10, no Bairro Bom Jesus.

No entanto, como aquela área ainda não é legalizada e é considerada área rural, eles esperam que o município consiga resolver essa questão, junto ao Incra, para que possam ser remanejados.  Segundo Francisco da Silva, presidente do Gampp, há muito eles vêm lutando por moradia e agora finalmente receberam sinal positivo para a questão.

Inclusive, ele diz que conseguiu segurar a ocupação do Morro da Castanheira, após o prefeito Darci, tão logo assumiu o governo, ter ido lá e pedido para que eles saíssem do local porque iriam receber uma área digna para morar. “Ele pediu um prazo para nós, até o dia 10 de maio, quando Parauapebas completa 30 anos de emancipação política. Estamos esperançosos que isso será cumprido. Inclusive ele afirmou que é sua meta acabar com as invasões da cidade”, lembra.

 

Vida de risco sobre palafitas

Dentre os moradores que pleiteiam moradia, a situação mais crítica é a dos que vivem na Comunidade Palafita. Morando em palafitas em um varjão inundado por água de esgoto, os moradores sonham com um lugar melhor para viver.

A ocupação começou há nove anos e hoje moram no local cerca de 200 famílias, que estão esperançosas em sair dali e ir para um local de terra firme. Boa parte afirma que foi morar no local, completamente insalubre, porque não teve outra opção.

As ruas da ocupação são passarelas de madeira, que estão deterioradas e os risco de acidentes são iminentes. Segundo Manoel Amaral, um dos representantes da comunidade, quase diariamente alguém sofre algum tipo de acidente ali e alguns se feriram com certa gravidade. “As tábuas das passarelas estão podres e acabam quebrando com o peso das pessoas. Teve gente que já caiu nessa água podre. Isso aqui é uma vida desumana. A gente só está aqui por não ter realmente para onde ir”, relata Manoel.

Alheias ao perigo, as crianças se divertem nas vielas de tábua podre, correndo e andando de bicicleta. Elas são as principais vítimas de acidentes e de doenças causadas pela água contaminada.

O local também está sujeito a sofrer um sinistro a qualquer momento, provocado por curto circuito na fiação elétrica. É que para ter energia elétrica em casa os moradores fazem ligações clandestinas e o emaranhado de fios, sem qualquer segurança, a qualquer hora pode entrar em curto e provocar uma tragédia na comunidade.

Risco que os moradores sabem que é real, mas dizem não ter o que fazer, a não ser contar com a providência divina para que algo trágico não ocorra. “Só podemos contar com Deus. Ele é que nos tem livrado de uma tragédia”, diz uma das moradoras.

A palafita, bem no centro da cidade, expõe a mazela da capital do minério, um dos municípios mais ricos do Brasil. (Tina Santos)