É em uma casa simples no bairro do Coofapac em Curionópolis, sudeste do Pará, que dona Socorro Macena dos Santos mora com seu marido Belchior. No auge de seus 62 anos leva uma vida tranquila e cheia de inovações encontradas depois que a aposentada aprendeu a utilizar os recursos de seu smartphone. Foi pela Internet que ela descobriu a possibilidade de desenvolver uma nova fonte de renda: a criação de galinhas.
Depois de algumas tentativas frustradas, dona Socorro descobriu pelas redes sociais uma chocadeira que poderia ser feita com materiais simples e que ampliaram a produção e desenvolvimento dos ovos de galinha caipira. “Eu gosto de aprender e descobri que poderia melhorar o jeito de criar as galinhas e aprendi como fazer, meu filho comprou os materiais e eu fiz do meu jeito, hoje já sei o tempo e o jeito certo de criar meus bichos” contou a aposentada.
Leia mais:Por 21 dias os ovos ficam cuidadosamente abrigados em uma caixa pequena de isopor na qual foi instalada uma lâmpada e um termostato, que faz com que automaticamente o dispositivo ligue e desligue por tempo suficiente para aquecer e chocar os ovos. Pelo visor, que foi uma inovação de dona Socorro, a família pode acompanhar o nascimento e a partir dali os pintinhos seguem para uma nova etapa de crescimento até que possam ser consumidos pela família ou vendidos para amigos próximos.
Com 6 filhos adultos, 13 netos e 6 bisnetos, ao lado do marido Belchior Macena de 64 anos, a empreendedora da terceira idade dedica grande parte do seu tempo para desenvolver alternativas para fazer crescer a criação de frango e galinha caipira. O objetivo do projeto é conseguir gerar mais renda para construir uma casa para uma das filhas “Eu vou fazendo aos pouquinhos, as vezes consigo produzir mais. Ainda estou começando, vou aprender mais e pegar o jeito para poder vender minhas galinhas e construir a casa da minha filha. Não posso fazer muito, mas no pouco que tenho vou fazendo o que consigo com fé em Deus” declarou motivada.
Dona Socorro é mais uma das milhares de mulheres brasileiras que depois da aposentadoria procuram uma nova fonte de renda, que além de ajudarem na manutenção de suas casas, ainda se torna uma motivação para conservar a mente sã. “As vezes fico muito tempo dedicada à isso, minha família até reclama, mas eu sei que posso fazer algo bom. Com o pouco que tenho vou fazendo e sei que logo logo vou colher muitos frutos! “ planeja a empreendedora. (Camila Ferreira)