A empresária e fazendeira Renilda Benevides divulgou um vídeo em que pede ajuda às autoridades, após sua fazenda de 50 alqueires, localizada próximo a Palmares II, em Parauapebas, ter sido invadida por integrantes do acampamento Terra e Liberdade, do Movimento dos Sem Terra (MST), na segunda-feira (15).
Renilda afirma que a terra é produtiva e ela detém o título definitivo da área. Também intercala a sua fala nesse sentido com imagens de gado no pasto e maquinário.
Em outro trecho do vídeo, a fazendeira cita que os integrantes do MST estão causando danos com a invasão. “Obrigando-nos a dar bois para eles. Já mataram vários, então, eu queria aqui, gente, fazer um apelo para a comunidade, para a sociedade, para a Justiça, para as autoridades competentes, nos ajude, porque nós estamos nos sentindo desrespeitados, humilhados”, disse, ela.
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A ocupação da área, de acordo com Denilson Monteiro, integrante do MST, foi devido a necessidade de terem um acampamento maior, e próximo à fazenda que estão reivindicando. “A nossa população já aumentou muito, e o espaço já não cabia”.
A ocupação, de acordo com o líder do MST, integra as ações da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, engajada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A Associação Comercial e Industrial de Parauapebas (ACIP), a Câmara de Dirigentes Lojistas de Parauapebas (CDL/Parauapebas), o Sindicato das Empresas de Alimentação e Hospitalidade de Parauapebas e Região (SEAHPAR) e o Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas (SIPRODUZ) assinaram um documento endereçado ao titular da Delegacia Especializada de Conflitos Agrários da Comarca de Marabá – 10ª RISP CARAJÁS.
No documento, as entidades solicitam agilidade e diligência aos “pedidos de notícia crime e da ação de reintegração de posse, nº 0806267-64.2024.8.14.0028, que tramitam na Vara Agrária de Marabá-PA, tendo como Juiz Titular o Dr. Amarildo José Mazutti, que tratam da invasão da propriedade rural do empresário EDIVALDO BENEVIDES ALVES, fato que está consternando todos os nossos associados e filiados.
Sendo imprescindível a vossa intervenção imediata visando interromper os delitos de invasão, por tratar-se de propriedade privada, produtiva, que foi comprado por escritura pública, lavrada pelo 1º Cartório, livro 085, fls. 137, desde de 03 de dezembro de 2004. E que foi covardemente invadida utilizando-se de força, armamento, ameaçando e matando os animais, desde então mais de 10 animais, já foram furtados e mortos. (conforme boletins de ocorrência)”.
[Atualizado em 19/04]
(Theíza Cristhine, com informações de Ronaldo Modesto)