📅 Publicado em 13/11/2025 13h15
Bispos, arcebispos e representantes da comunicação se reuniram nesta quarta-feira (12), no Colégio Santa Catarina de Sena, para o Simpósio da Igreja Católica na COP30, que integra a programação oficial da Conferência do Clima. A presença da Igreja Católica na COP30, em Belém, evidencia o compromisso com a justiça climática e a ecologia integral.
Com o tema “A Igreja Católica na COP30 nos caminhos da Ecologia Integral: refletindo sobre justiça climática e conversão ecológica”, o evento buscou apresentar perspectivas da Igreja e de seus interlocutores ecumênicos, científicos, indígenas e governamentais sobre os desafios socioambientais que marcam o planeta.
Entre os participantes, o bispo da Diocese de Marabá, Dom Vital Corbellini, destacou o papel das pastorais e das comunidades no engajamento pela sustentabilidade. Ele apresentou os resultados do livro COP30 nas Escolas da Pastoral da Educação, lançado em agosto de 2024 pela professora e escritora marabaense Lady Anne de Souza, em parceria com autores de todo o Pará.
Leia mais:A obra, produzida pela Pastoral da Educação do Regional Norte 2, que abrange os estados do Pará e Amapá, promove o debate sobre mudanças climáticas e responsabilidade socioambiental no ambiente escolar, à época, em preparação para a COP30.
Segundo Dom Vital, o material tem sido um instrumento importante de conscientização. “Nós temos um bonito trabalho com o e-book nas escolas. Está muito bem aceito em diversos municípios e já foi traduzido em outras línguas”, diz Dom Vital.
O bispo ressaltou ainda que este é um momento de celebração dos frutos do engajamento ambiental promovido pela Igreja. “Estamos contentes”, encerra.
Durante o simpósio, os participantes refletiram sobre o papel da Igreja na inserção das questões ecológicas no mundo contemporâneo. Assim como o Papa Leão XIV, bispos e padres são chamados a anunciar o Evangelho a partir do cuidado com a Casa Comum e da defesa dos povos originários.
O diálogo entre instituições e governos também esteve em pauta. Houve questionamentos sobre o desafio de manter a identidade profética da Igreja no espaço da COP30. A resposta, no entanto, foi direta afirmando que a Igreja não pode se calar.
A partir da experiência da fé, também foi destacado que o silêncio não é uma opção diante das injustiças climáticas. A Igreja buscou ainda reforçar o papel de promover a vida, o cuidado com o planeta e o diálogo com a sociedade.
Outro ponto debatido foi o papel da ciência na construção de políticas ambientais. Para os participantes, fé e razão caminham juntas. A igreja reafirma seu papel fundamental de marcar presença, dialogar, buscar, propor e questionar pautas urgentes à humanidade.

