Correio de Carajás

Dois sentarão no banco dos réus por morte por apedrejamento

Foto: Arquivo Correio

O juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, titular da 3ª Vara Criminal de Marabá, enviou ao Tribunal do Júri Cledson Alício Freitas Rodrigues, conhecido como Bebê, e Cleiton Freitas Rodrigues. Ambos são acusados do homicídio praticado contra Armando Dias de Almeidas Filho, de 42 anos, apedrejado em 2016. O caso foi reportado pelo Jornal Correio.  

A pronúncia foi decidida em novembro do ano passado, mas publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Um terceiro acusado, Richard Davinth da Silva Sousa, não será julgado por ter sido assassinado posteriormente.

Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará, no dia 31 de maio de 2016, a vítima e Cledson estavam em uma distribuidora, na Folha 23, Nova Marabá, quando chegaram Cleiton e Richard.

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Os três acusados então iniciaram uma sessão de agressões contra Armando Dias. No decorrer da prática violenta, Cleiton teria atingido a vítima na cabeça com um fragmento de concreto, o que a levou à morte. 

A mãe de Armando Dias informou, durante as investigações, que os agressores e a vítima possuíam rixa porque, supostamente, os acusados comercializavam droga próximo da casa dela e, dois dias antes do fato, houve discussão neste sentido. Uma sobrinha da vítima chegou a falar por telefone com Richard e este confirmou que estava envolvido na morte, mas que não estava sozinho.

Foi identificada uma testemunha que viu quando os réus estavam agredindo o homem, chegando a ver a última pedrada que atingiu Armando. Os acusados teriam informado para esta pessoa que a morte se deu por causa de uma dívida de droga que Armando Dias teria com o fornecedor deles.

Para o magistrado, é incabível a impronúncia, pois há prova da materialidade e indícios suficientes de autoria, haja vista as declarações dos informantes e das testemunhas. Tais indícios não podem ser, por enquanto, desconsiderados sob a alegação de que os réus Cledson e Cleiton não tenham concorrido para a morte da vítima, conforme sustenta a defesa. O julgamento ainda não teve data marcada. (Luciana Marschall)