Enquanto a nova ponte sobre o Rio Itacaiúnas segue dormitando, sem prazo certo, o marabaense perde a paciência na sua rotina de engarrafamento nos horários de pico ao tentar entrar no complexo Cidade Nova. Um alívio a essa confusão diária pode acontecer em breve com uma medida simples e que já seria natural de estar presente no trecho urbano da BR-230, mas a Prefeitura de Marabá e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) demoraram a entrar em entendimento. Serão construídos alguns metros de terceira pista antes do retorno que dá acesso ao Bairro Novo Horizonte.
Em grande medida, é o fluxo de carros com destino aquele bairro, além de outros como Belo Horizonte, São Miguel, Filadélfia e Vale do Itacaiúnas, que impactam o trânsito para quem sai da ponte. Une-se a isso o fato de que não existe viaduto, mas o retorno e um semáforo, logo na esquina da Câmara Municipal.
Esse artifício que na prática será uma terceira faixa, é chamado pelos técnicos de faixa de desaceleração, um tipo de recuo para onde a coluna de veículos converge enquanto aguarda o sinal abrir para o retorno, deixando as demais faixas da via pública livres para o tráfego em sua velocidade natural.
Leia mais:O mesmo se dará com o fluxo de quem se encaminha para a saída da Cidade Nova. Devido ao retorno que dá acesso ao Bairro Amapá, também por semáforo, este lado da rodovia também ganhará a faixa de desaceleração.
SEM PRAZO
Ouvido pela TV Correio, o secretário de Obras do Município, Fábio Moreira, disse que a ideia da faixa de recuo era antiga, mas dependia do Dnit, que era o único que tinha o poder para projetar e operar a providência, o que está acontecendo agora.
Também revelou que as árvores existentes no canteiro central, eram um problema, devido à legislação ambiental.
Na última semana, a pedido do Dnit, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Marabá (Semma) realizou a remoção de 53 das árvores do canteiro central na Transamazônica, justamente no perímetro próximo à Secretaria Municipal de Saúde e Câmara de Vereadores. A remoção ocorreu após três anos de diálogo entre DNIT, Semma e Ministério Público.
As árvores removidas são das espécies palmeira imperial, palmeira de dendê e ipê. Após as obras, a Semma e o DNIT definirão o local onde será realizado o plantio de 159 novas árvores para compensação ambiental. Para cada árvore removida do canteiro da rodovia Transamazônica, três serão plantadas.
Questionado sobre quando as faixas devem ficar prontas, Fábio Moreira disse não ter essa informação, mas que o Dnit, mesmo com o período de inverno, pretende seguir com os trabalhos, pois não é uma obra complexa.
NOVA PONTE
Também questionado pela TV sobre o atual estágio da construção da nova ponte sobre o Itacaiúnas, Fábio Moreira afirma que está em fase final. Ele relembra que o projeto básico apresentado foi avaliado por engenheiros da prefeitura e da Universidade Federal os quais pediram uma série de correções. Essa correção ocorreu e o projeto final já está pronto. O secretário prevê que a licitação para a construção saia em janeiro e as obras possam ser iniciadas já no verão de 2023. (Da Redação)