Um motorista que conduzia um carro modelo Fiat Palio, de cor branca, colidiu com um motociclista que pilotava uma Honda Bros de cor preta com prata, às 9h30 deste sábado (3), na Folha 31, próximo a Praça da Prefeitura. Segundo informações, o motorista atua com transporte irregular de passageiros e estava fugindo de uma guarnição do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU).
A Reportagem entrou em contato com o diretor do DMTU, Jocenilson Silva Souza, que informou que a guarnição do órgão estava em rondas quando se deparou com o caso. Ele não soube informar o nome do motociclista e nem do motorista do palio.
Os agentes realizaram o levantamento do acidente e o motociclista foi encaminhado ao HMM (Hospital Municipal de Marabá), possivelmente por ter se ferido muito na colisão, levando em consideração o estado em que carro e a moto ficaram.
Leia mais:“Pouco tempo depois do acidente, o pai do motociclista apareceu no local. Percebemos que ele possuía uma certa amizade com o condutor do carro e ambos entraram em comum acordo sobre a situação. Mesmo assim, os agentes realizaram o levantamento, que ficará pronto em sete dias. Caso alguma das partes se sinta lesada por danos materiais, poderá abrir um processo na justiça através do relatório feito”, explica Jocenilson, sem dar detalhes de como ocorreu a colisão.
O Correio de Carajás conseguiu entrar em contato com duas testemunhas do acidente, que relataram uma versão diferente da informada pelo diretor do órgão de trânsito.
O primeiro, Antônio Carlos, que enviou as fotos à Reportagem, disse por telefone que o motorista do palio atua com o transporte irregular de passageiros na cidade e enviou o contato de Adailton Cruz, que teria mais detalhes.
Adailton não soube informar o nome da vítima e nem do motorista, apenas que atende pelo apelido de Black, reside no Núcleo Morada Nova, e atua ilegalmente com o transporte de passageiros do Núcleo São Félix para os centros de Marabá.
“A viatura do DMTU estava fazendo fiscalização próximo à Casa da Cultura. Quando Black passou, começaram a persegui-lo. Com isso, aconteceu o acidente. Muitos motoristas preferem não parar, pois, temem ter seus carros apreendidos ou levar multas. A situação não está fácil para ninguém, eles fazem isso para sobreviver”, defende Adailton.
Ele negou que o carro de Black teria sido apreendido, ao ser questionado pelo repórter. Também confirmou que o causador do acidente conhece a vítima. “Eles se resolveram”, resume Adailton.
Jocenilson foi indagado sobre a perseguição e ao fato de o motorista transportar passageiros irregularmente. Ele acredita que não houve essa perseguição, justificando ter confiança na palavra do agente que estava à frente da viatura que atendeu o acidente. “Mas, temos que avaliar. O condutor pode ter avistado a viatura e o mesmo ter saído em alta velocidade”, sugere.
O diretor do DMTU acrescenta que, se fosse o caso, “os agentes teriam removido o veículo dele [do Black] ao pátio, se realmente tivesse flagrado o mesmo fazendo o transporte remunerado de passageiros sem estar licenciado para tal fim”. (Zeus Bandeira)