Correio de Carajás

Diógenes Samaritano é condenado a 6 anos de prisão

Diógenes Samaritano sofreu a primeira condenação e ainda irá a júri popular

Após ter sido condenado a 15 anos por feminicídio, o agente do DETRAN, Diógenes dos Santos Samaritano acaba de ser condenado também em outro processo, por corrupção passiva. A pena definitiva ficou fixada em 6 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão.

O processo de corrupção passiva transitou em julgado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília (DF), e “desceu” para o Tribunal de Justiça do Pará (TJ/PA), que determinou, na terça-feira (21), a remessa do processo para a vara de origem (Comarca de Parauapebas) para início da execução penal.

A informação foi repassada pelo advogado Ricardo Moura, que defende os interesses da família de Dayse Dyana Sousa Silva, assassinada por Samaritano. Diligente, Ricardo acompanhou o processo sobre o feminicídio na condição de assistente de acusação.

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O crime de corrupção – que agora resultou na condenação – foi descoberto quando a Polícia Civil começou a investigar o feminicídio de Dayse, no dia 31 de março de 2019, na residência do casal, em Parauapebas.

Ao averiguar a cena do crime, a Polícia Civil acabou encontrando mais de 300 documentos de pessoas e de veículos na casa. Juntou-se a isso um Boletim de Ocorrência feito por uma pessoa que denunciou Samaritano por ter recolhido ilegalmente sua CNH e o documento do veículo, porque esta pessoa não lhe pagou uma propina de R$ 200.

Em efeito dominó, a Polícia Civil, por meio do delegado Gabriel Henrique Alves, acabou descobrindo que Samaritano andava em muito mau ofício, cobrando propina de condutores que tinham alguma pendência e recolhendo documentos para chantagear as vítimas.

(Chagas Filho)