Correio de Carajás

Diocese de Marabá inicia processo de beatificação de Adelaide Molinari

Ela atuava em favor dos necessitados na região e foi assassinada no dia 14 de abril de 1985, em Eldorado dos Carajás

A Diocese de Marabá abriu o processo de beatificação da Irmã Adelaide Molinari, pertence à Congregação das Irmãs Filhas do Amor Divino. A cerimônia litúrgica ocorreu na missa do segundo domingo de Páscoa, 24 de abril de 2022, às 8 horas da manhã, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Graças, em Curionópolis.

O bispo diocesano de Marabá, Dom Vital Corbellini, foi quem presidiu a missa do segundo domingo da Páscoa, dando ênfase à liturgia e da abertura do processo de beatificação de Irmã Adelaide Molinari. Ela foi concelebrada pelos sacerdotes, padre Domingos Monteiro da Silva, da Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Curionópolis; Padre Pedro, da Paróquia Sagrada Família, em Marabá; padre Edivan Silva, da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Parauapebas.

Também estiveram presentes, Irmã Dulce Bach Deves, Provincial das Irmãs Filhas do Amor Divino, e Irmã Nelsi Habitzreuther, Secretária da Província. Ao final da missa, a Irmã Dulce deu uma palavra muito importante a respeito da abertura do processo de beatificação de Irmã Adelaide Molinari na Diocese de Marabá. Estiveram presentes 20 Irmãs, Filhas do Amor Divino, provenientes de Curionópolis, Parauapebas, Canaã dos Carajás, Belém, Barra do Corda-MA, e de Santa Maria, do Rio Grande do Sul.

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Após a benção, se dirigiram ao local do túmulo onde está o corpo de Irmã Adelaide Molinari, onde o bispo diocesano deu abertura do processo de abertura de beatificação, de modo que a Diocese encaminhará o tribunal já constituído, ouvindo as testemunhas de Irmã Adelaide Molinari, que foi assassinada no dia 14 de abril de 1985, na rodoviária de Eldorado dos Carajás. Ela aguardava o carro para voltar a Curionópolis.

Irmãs da Congregação das Irmãs Filhas do Amor Divino participaram da missa que iniciou processo de beatificação

“Ela testemunhou o amor de Cristo em sua vida e na vida do povo de Deus. Ela deu a sua vida pelo Senhor e pelo povo de Deus. Sobretudo os mais necessitados. Ela foi missionária nesta região amazônica, de modo que viveu o amor do Senhor e por Ele derramou o seu sangue”, diz o bispo Dom Vital.

Ele recorda que a Amazônia é terra de mártires, de pessoas que deram as suas vidas por Jesus Cristo e à sua Igreja. “Estamos no Sínodo que ocorrerá em outubro de 2023, e é preciso a comunhão, a participação e a missão. “Foi mulher, religiosa, pessoa que estava comprometida com as pessoas pobres, e queria anunciar o Reino de Deus para estas terras, necessitadas de pessoas proféticas, que enfrentavam o poder, a violência, a falta de amor. Ela foi assassinada. Como Diocese de Marabá, estamos implantando o processo de beatificação. Isto é muito importante para a nossa vida de cristãos, discípulos, discípulas, missionários, missionárias de Jesus Cristo e de sua Igreja para que prossigamos a vivência do batismo, da crisma, da eucaristia, outros sacramentos, da palavra de Deus, na fé, na esperança e na caridade”, encerra o bispo diocesano de Marabá.