Correio de Carajás

Dilemas do Distrito Industrial são apresentados a agentes do governo do Estado

Ian Corrêa, vice-presidente da Sinobras, apresentou os gargalos do Distrito Industrial e pediu urgência na solução

Esta quarta-feira, 14, foi movimentada no Distrito Industrial de Marabá (DIM), com a visita de membros da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (CODEC), da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa). Eles foram convidados pela Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim) para tomar pé de demandas e gargalos do DIM e que vêm atrapalhando a vida das empresas ali instaladas.

Pádua Rodrigues, diretor de Estratégia e Relações Institucionais da Codec; Carlos Ledo, secretário-adjunto da Sedeme e Alex Carvalho, presidente eleito da Fiepa, visitaram especificamente as empresas: Correias Mercúrio, Sinobras e Terra Norte e, além de serem atualizados sobre o investimento e estrutura das mesmas, ouviram dos executivos que o DIM precisa de melhorias urgentes e inadiáveis.

Representantes do governo e políticos locais ouviram atentamente as queixas dos industriais

O secretário Regional de Governo, João Chamon, também esteve presente em todo o percurso e colaborou com as discussões.

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Na lista dos dilemas: a necessidade de duplicação do trecho da BR-155 da rotatória do Km 6 até o distrito e o asfalto dentro do DIM, que está deteriorado. Para minorar o efeito dos engarrafamentos na ida e volta ao distrito, algumas empresas até mudaram os horários dos fins de turno para não coincidir com 8 horas da manhã, por exemplo.

Invasões

Outra demanda é a presença dos invasores que estão em uma parte do Distrito Industrial há anos sem que a Justiça finalmente delibere quanto ao pedido de reintegração já feito pelo Governo do Estado. Tal presença dos invasores tem impedido projetos de expansão.

Emperrado

Outro exemplo de como anda difícil investir em expansões no Distrito Industrial diz respeito a uma nova portaria que a Sinobras pretende construir para adequar suas operações cada dia maiores. Como envolve supressão vegetal, os órgãos ambientais estão emperrando a autorização com exigências de relatórios apurados sobre a flora e fauna do local. Os executivos veem tal exigência como um contrassenso, uma vez que o complexo todo já é destinado à atividade industrial e, portanto, licenciado para isso.

O presidente da ACIM, João Tatagiba, disse que a associação tem buscado um diálogo permanente com os empresários e industriais locais para ouvir as demandas. Como algumas delas são antigas e carecem de solução urgentemente, a entidade resolveu acionar secretarias estratégicas do Governo do Estado para conhecerem de perto a realidade e ajudarem a solucionar os problemas.

O presidente da Câmara, Alecio Stringari, disse que é preciso que o governo do Estado dê mais atenção e atue com celeridade para resolver os problemas do Distrito Industrial de Marabá, porque os empreendedores têm pressa. “A Sinobras é uma gigante, emprega milhares de pessoas e ajuda no desenvolvimento de Marabá e do Pará. É preciso que tenhamos sensibilidade para ouvir e atuar. A Câmara fará sua parte politicamente”, garantiu.

O vereador Miguelito foi mais contundente nas palavras e disse que é preciso, sim, atuar de forma enérgica para que os órgãos competentes sejam mais céleres em resolver os problemas das empresas que estão instaladas em Marabá porque geram riquezas para o Estado em forma de tributos. “Na próxima terça-feira, dia 20, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Pará, Paulo Bengtson, estará em nossa reunião extraordinária da Comissão Especial de Desenvolvimento, e vamos cobrar dele as soluções para esses problemas que ouvimos hoje aqui”, disse Miguelito.