O governo da Ucrânia deve “encarar a realidade” e sentar para dialogar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (27) o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Zelensky disse que um diálogo entre os dois líderes será necessário para colocar fim à guerra em seu país.
“Há pontos a discutir com o líder russo. Eu não estou dizendo a vocês que meu povo está ansiando debater com o líder russo, mas temos que encarar a realidade do que estamos vivendo”, declarou o líder ucraniano, durante pronunciamento para um centro de pesquisas políticas da Indonésia.
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Na fala, Zelensky deu a entender que buscará um encontro com Putin mas não confirmou se e quando a reunião acontecerá.
“O que queremos com essa reunião? Queremos nossa vida de volta, queremos recuperar a vida de um país soberano dentro de seu próprio território”, acrescentou.
Kremlin acusa Kiev
Já o governo da Rússia não confirmou haver diálogos para um encontro entre os presidentes dos dois países, e acusou a Ucrânia de ter paralisado as negociações para um acordo de paz.
“A liderança ucraniana faz declarações contraditórias o tempo inteiro. Isso não permite que nós compreendamos totalmente o que o lado ucraniano quer”, afirmou nesta sexta-feira (27) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Kiev ainda não respondeu às acusações.
Ataques continuam
Enquanto nas mesas de negociação o diálogo está parado, a Rússia segue avançando e atacando a Ucrânia, principalmente no leste do país, onde já havia movimentos separatistas pró-russos antes da guerra.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou nesta sexta-feira (27), com base em informações do serviço de inteligência de seu país, que a Rússia está fazendo “avanços lentos mas palpáveis” na região do Donbas, no leste da Ucrânia.
“Temo que Putin, em um grande custo para ele e as tropas russas, continua a ‘roer’ terreno no Donbas”, afirmou Johnson em entrevista ao canal “Bloombert TV”. “Ele continua a fazer um progresso lento, gradual mas palpável, e, por isso, é absolutamente vital que continuemos a apoiar das forças militares da Ucrânia”.
(Fonte:G1)