Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o dia 04 de março como o Dia Mundial da Obesidade, com o objetivo de levar informação e conscientização para a sociedade. A OMS classifica a obesidade como uma doença crônica, caracterizada pelo alto percentual de gordura corporal, o que está associado a diversos problemas de saúde, como hipertensão e outras doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, alterações no colesterol e triglicerídeos, e até mesmo câncer.
No Brasil, o Mapa da Obesidade, divulgado pelo Ministério da Saúde, por meio do sistema Vigitel, aponta que 20% da população brasileira está com obesidade, e mais da metade está com sobrepeso. Esses dados mostram como é importante debater questões e mitos sobre a doença de forma saudável e informativa.
Pensando nisso, a empresa Novo Nordisk, junto com o seu time de especialista médicos, elencou cinco verdades sobre a doença que todos as pessoas deveriam saber. Confira abaixo:
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A OMS classifica obesidade como o excesso de gordura corporal que pode causar prejuízos à saúde e levar a outras doenças. Segundo o órgão, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo têm obesidade, sendo que grande parte delas – 340 milhões – são adolescentes. Um dado extremamente preocupante, pois, quanto mais tempo a pessoa conviver com a obesidade, mais chances ela tem de sofrer consequências graves da doença.
É comum a maioria das pessoas associarem o peso à uma questão estética, e até mesmo sentir uma pressão por padrões impostos pela sociedade, muitas vezes inalcançáveis. O que é diferente de buscar uma vida mais saudável e tratar uma doença crônica e considerada de risco pela OMS. A obesidade afeta órgãos como coração, fígado, rins e articulações, o que pode levar a uma série de outras doenças crônicas, além de problemas de saúde mental.
É a causa de outras doenças
A obesidade é um fator de risco para o crescimento de diferentes tipos de enfermidades. A diabetes tipo 2, por exemplo, está entre as principais doenças associadas à obesidade. Em ritmo acelerado, a prevalência da diabetes deve mais que dobrar no mundo e chegar a um total de 1,3 bilhão de indivíduos com o diagnóstico em 2050 – cerca de 13% da população mundial considerando a estimativa das Nações Unidas de 9,7 bilhões de habitantes para o ano. No Brasil, o Ministério da Saúde projeta que 21 milhões de pessoas terão a doença até 2030.
Além da diabetes, a obesidade também está associada doenças cardiovasculares, como por exemplo a hipertensão, ao aparecimento de um câncer, e aumento de risco de morte precoce.
Além da balança
A OMS considera que uma pessoa com obesidade quando o índice de massa corporal (IMC) é maior ou igual a 30kg/m2 e a faixa de peso normal varia entre 18,5 e 24,9kg/m2. Já as pessoas que possuem IMC entre 25 e 29,9kg/m2 são consideradas com sobrepeso, fator que já contribui para o surgimento de questões prejudiciais à saúde, como excesso de gordura na região abdominal.
O cálculo do IMC é um índice importante e aponta um alerta na saúde que não deve ser desconsiderado. O ideal é procurar um profissional da saúde para que exames mais detalhados possam ser realizados e outros índices possam ser avaliados, como quantidade de massa muscular e nível de gordura visceral, que podem ser considerados preocupantes mesmo que a pessoa não esteja necessariamente acima do peso.
A bioimpedância é um exame que mede a composição corporal e o mais indicado para informar quantos quilos a pessoa tem de gordura, massa muscular, densidade óssea e água, por exemplo.
Obesidade requer tratamento
Por ser uma doença crônica e de consequências graves, a obesidade não deve ser negligenciada. Medidas eficazes envolvem mudanças no estilo de vida, como dieta equilibrada, atividades físicas em intensidade e frequência que estejam de acordo com as necessidades e possibilidades do paciente. E, em alguns casos, o tratamento medicamentoso ou intervenção cirúrgica, como a bariátrica, são indicados.
É fundamental que as pessoas com obesidade procurem um profissional da saúde para que ele determine qual é o melhor caminho a ser seguido, após avaliação médica que envolve exames e análise de histórico médico e familiar. O importante é que os tratamentos não sejam interrompidos para que a pessoa não volte a ganhar peso, evitando assim o indesejado efeito sanfona.
Alimentação e atividade física como aliadas
Como uma doença crônica multifatorial, a obesidade requer tratamento e acompanhamento médico constante. Porém, outras atitudes em conjunto com ao tratamento colaboram para que os objetivos sejam alcançados e que a doença seja mantida sobre controle. A alimentação saudável e balanceada, centradas na ingestão de alimentos in natura e minimamente processados, é recomendado pelo Ministério da Saúde como a melhor opção.
Os exercícios físicos são indicados e, independente de trazer resultados significativos na balança, é eficiente para um efeito positivo na vida da pessoa com obesidade. Estudos mostram que uma perda de peso modesta está associada a grandes benefícios. Nunca é tarde para fazer uma mudança de estilo de vida e focar em ter uma vida melhor, com mais saúde e disposição.
(Fonte: Correio do Povo)