A cada 10 paraenses, quatro vão desenvolver a Diabetes. O repórter Ronaldo Modesto faz parte desta estatística. Há 13 anos ele vive com a doença e chegou a perder um dos dedos do pé por negligenciar o tratamento no início. Do Dia Mundial da Diabetes, neste 14 de novembro, entretanto, Ronaldo mostra que o tratamento correto aliado à vida saudável pode minimizar os impactos de quem foi diagnosticado com uma doença que não tem cura, mas pode ser controlada.
Ronaldo entendeu que precisaria se cuidar após a perda do dedo, passando então a controlar a insulina diariamente através de um aparelho. Hoje, a atividade física faz parte da rotina do repórter que tem 53 anos. “Vinte por cento é exercício e 80% alimentação, cortei o arroz, o açúcar, a gente vai ficando mais velho, vai ficando mais cuidadoso, não como fritura”, resume.
Ele relembra como foi o diagnóstico. “Eu não sabia que era diabético, eu estava sentindo tontura, eu bebia muita água a noite, levantava muito para urinar, desconfiei, fiz exames e descobri a doença”, relata.
Leia mais:A endocrinologista Tatiane Buratto conta que a diabetes é uma doença silenciosa e extremamente grave quando não controlada. “Ela é caracterizada pelo excesso de glicose, que é o açúcar na corrente sanguínea, isso se dá devido a um defeito na produção da insulina, que é um hormônio produzido no pâncreas, ou devido um defeito na ação dessa insulina. Por que? A insulina tem a função de captar o açúcar que é adquirido através da alimentação e leva para dentro da célula do nosso organismo com o intuito de levar energia para diversos organismo”.
Segundo a Federação Internacional de Diabetes, o Brasil é o quarto país com maior número de diabéticos do mundo. As altas taxas de açúcar no sangue podem levar à perda de visão e também dos membros inferiores, devido à má circulação sanguínea. São 12 milhões e meio de brasileiros afetados, de acordo com o Ministério da Saúde, o que corresponde a 7% da população.
CAUSAS DA DIABETES MELLITUS
A diabetes mellitus tipo 1 é desencadeada pela destruição das células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. Nesse caso, percebe-se a ocorrência de um problema autoimune, ou seja, as células do pâncreas são atacadas pelo sistema imune do próprio paciente.
Já na diabetes mellitus tipo 2, observa-se um problema na secreção ou ação da insulina. A diabetes tipo 2 geralmente acontece em pessoas com sobrepeso ou obesidade. A diabetes gestacional, por sua vez, não possui causa bem esclarecida.
A diabetes mellitus, em suas diferentes formas, apresenta tratamento voltado para o controle dos níveis de glicose no sangue e para evitar complicações. (Theíza Cristhine e Adersen Arantes)